ACM Neto adota neutralidade e deixa Bolsonaro sem palanque na Bahia

Após quase perder as eleições no 1º turno para Jerônimo (PT), o ex-
prefeito de Salvador teme a rejeição do presidente no estado. Lula teve

69,73% dos votos válidos na Bahia.

A eleição para governador na Bahia não foi decidida no 1º turno por
0,55%, na porcentagem dos votos válidos. O candidato do PT, Jerônimo,
teve 49,45% (4.019.830 votos) e esteve muito próximo de vencer uma
eleição em que ACM Neto (União Brasil), que teve 40,80% (3.316.711
votos), esteve durante todo o período de campanha liderando as
pesquisas de intenção de voto.
O quadro se mostra favorável a Jerônimo como sucessor dos governos
Rui Costa e Jaques Wagner, pois precisa de uma pequena margem para
vencer.
Leia também:  Bahia: Jerônimo fica à frente de ACM Neto e disputa vai
para o 2º turno
Do lado de ACM Neto é possível avançar sobre os 9,08% de votos que
teve o candidato bolsonarista João Roma (PL). No entanto, a estratégia
com apoio formal e Jair Bolsonaro (PL) no palanque é descartada uma
vez que Lula (PT) teve 69,73% dos votos válidos na Bahia. O ex-
presidente perdeu em apenas dois municípios baianos de um total de
417.
Ou seja, nacionalizar a disputa é ainda pior para ACM Neto dada a
popularidade de Lula no estado e a votação expressiva que obteve.
Dessa forma, o candidato do União, que se  autodeclarou “pardo”  para o
TSE e gerou revolta em muitos eleitores, não deve trazer Bolsonaro para
o seu palanque para não perder votos. Para a campanha do presidente a
situação se apresenta de forma negativa, sendo que ficou com menos 6
milhões de votos do que Lula no 1º turno. Com a Bahia como quarto
maior colégio eleitoral do país e com ampla vantagem do Partido dos
Trabalhadores, o ideal para Bolsonaro seria ter espaço na disputa de
governadores para avançar, mas ACM, que outrora já esteve apoiando o
presidente, agora não quer que seja assim.

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