Batalha contra reforma no Senado também será difícil, diz assessor do Diap

A proposta de reforma da Previdência foi aprovada, na quarta (10), no plenário
da Câmara dos Deputados, por 379 votos a favor e 131 contrários. Uma segunda
votação na mesma casa está prevista para sexta (12).
Como apontaram as Centrais Sindicais e analistas do Dieese, o texto aprovado
penaliza a população idosa e mais pobre. As mulheres saem prejudicadas: idade
mínima aumenta de 60 para 62 anos; e viúvas e viúvos deverão perder 30% da
pensão por morte do cônjuge.
A mudança no cálculo dos benefícios também diminuirá o valor das
aposentadorias de modo geral, já que a média das contribuições não excluirá
salários mais baixos, como é hoje.
Reação – Para André Luís dos Santos, assessor político do Diap, o resultado
mostrou que o governo utilizou “esquemas da velha política" para aprovar a
proposta. "O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, soube articular”, diz.
O analista também destaca a pressão do mercado: “Não podemos esquecer a
figura do poder econômico que pressionou para chegar a esse resultado”.
Senado – A etapa seguinte, quando o projeto chegar ao Senado, será previsível,
na análise de Santos. “Acho difícil o Senado reverter alguma coisa. Os senadores
comemoraram a votação na Câmara, como se fosse lá. Eles não vão querer
alterar nada, daí a facilidade de a aprovação ser maior”, ressalta.
Trâmites – Hoje ocorre a votação da PEC da Previdência em segundo turno da
Câmara. Se aprovada, segue para o Senado, onde será analisada na Comissão de
Constituição e Justiça. O plenário da casa discute e vota. também em dois turnos.
Serão necessários 49 votos, do total de 81 senadores, para aprovar a proposta.
Caso o resultado seja positivo, a reforma da Previdência vai à sanção
presidencial.

Fonte: Agência Sindical

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