‘Bolsonaro vestiu a capa do cavaleiro da morte’, diz Observatório Covid-19

Após alertar, no início da semana para o aumento generalizado das internações e da ocupação dos leitos de UTI, a entidade científica voltou ontem a publicar comunicado, dessa vez sobre a disseminação de variantes do novo coronavírus no Brasil.

Membro do Observatório Covid-19 BR, frente que reúne hoje 81 especialistas de diferentes áreas, Roberto Kraenkel, professor do Instituto de Física Teórica da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), afirma que o grande motor da aceleração da pandemia é o cotidiano. Portanto, não resta à sociedade brasileira alternativa senão pisar forte no freio e agora, frisa. “O país esperou a tempestade de janelas abertas”, diz o acadêmico.

O físico, que nesta semana assinou com colegas a nota ‘Uma catástrofe se aproxima, mas ainda podemos evitá-la’, não acredita mais em reação do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Kraenkel acha, contudo, que o presidente da República e sua cúpula devem ser cobrados dura e ininterruptamente, para que respondam pelo atual desastre, com impacto inclusive em seu capital político.

“Bolsonaro vestiu a capa do cavaleiro da morte”, afirma o acadêmico, para quem a responsabilização do Executivo federal guarda relação com o futuro do país.

O físico cita o último boletim publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como de importância “abissal”. Após alertar, no início da semana para o aumento generalizado das internações e da ocupação dos leitos de UTI, a entidade científica voltou ontem a publicar comunicado, dessa vez sobre a disseminação de variantes do novo coronavírus no Brasil.

Chamadas como “variantes de preocupação”, as três mutações identificadas inicialmente no Amazonas, no Reino Unido e na África do Sul já têm prevalência em seis de oito Estados pesquisados.

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