Câmara aprova orçamento com cortes em Saúde e Educação

“O orçamento 2021 é um retrato do Brasil de Bolsonaro”, criticou o líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSOL)


A Câmara dos Deputados aprovou, por 346 votos a 110, o orçamento de 2021 proposto pelo senador Marcio Bittar (MDB-AC), aliado do presidente Jair Bolsonaro. A oposição criticou os cortes em áreas como saúde e educação.


O texto foi aprovado na Comissão Mista do Orçamento nesta quinta-feira (25) e já foi remetido ao plenário da Câmara, que chancelou o texto. Os cortes na saúde seriam da ordem de R$ 40 bilhões.


Segundo líder da minoria no Senado, Jean-Paul Prates (PT-RN), que acompanhou os trabalhos da comissão, o orçamento aprovado é “constrangedor”. “É um orçamento vergonhoso, que infelizmente vai passar. Mas, com um voto contrário do PT e dos demais partidos responsáveis. É desumano tirar recursos da saúde e da educação em plena pandemia!”, criticou.


O líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PCdoB-AL) condenou os cortes. “O Brasil está no meio de uma pandemia e os recursos da saúde são diminuídos. As universidades brasileiras, que tiveram 17%, 18% do seu orçamento cortado no ano passado, agora têm mais 7%, perfazendo um total de 25%. Os institutos federais de educação, da mesma forma. Quatorze milhões de trabalhadores estão desempregados e o seguro-desemprego é atacado no orçamento. É um orçamento surreal, Presidente! Isso não existe! Infelizmente a oposição nesta Casa não tem votos suficientes para derrotar este projeto e aprovar o projeto que a sociedade brasileira precisa”, disse durante a sessão.


O líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSOL-RJ), criticou a aprovação. “O orçamento 2021 é um retrato do Brasil de Bolsonaro. Cortes na educação, abono salarial, aposentadorias, seguro desemprego, ciência e tecnologia. Os investimentos em Saúde voltaram aos valores pré-pandemia! Nem parece que temos mais de 300 mil mortes e milhões passando fome”, escreveu no Twitter.

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