CDH quer a volta da política de valorização do salário mínimo

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta
terça-feira (2) as emendas do colegiado ao projeto de lei das diretrizes
orçamentárias para 2020 (PLN 5/2019). O relator foi o presidente da CDH, Paulo
Paim (PT-RS), que incluiu entre as emendas a retomada da política de valorização
do salário mínimo.
Segundo o texto enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 incluirá recursos necessários ao
atendimento do reajuste, garantindo aumento real ao salário mínimo. O reajuste
corresponderá à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
verificado em 2019, mas a título de aumento real, será aplicado também o
percentual equivalente à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
registrado em 2018 (1,1%). A proposta da CDH trabalha com mecanismo idêntico
ao que existiu entre 2004 e 2018, mas que deixou de vigorar este ano com o
término de validade da lei 13.152, de 2015, que fixava estas regras para o piso
nacional.
A intenção da CDH colide com o texto inicialmente enviado pelo governo. O
Palácio do Planalto anunciou que o salário mínimo do ano que vem será de R$
1.040, um aumento de R$ 42 sobre os atuais R$ 998. A proposta prevê somente
a reposição da inflação medida pelo INPC, sem aumento real.

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