Centrais se reúnem em São Paulo para articular ações unitárias

CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, Intersindical e CSP-Conlutas
se reúnem nesta segunda (26), no Dieese, em SP. O encontro definirá as datas
de mobilizações unificadas. Dia 21, os dirigentes debateram medidas
governamentais que impactam a vida, o trabalho da população e a própria
sustentação do movimento sindical. Foram discutidos temas como reforma da
Previdência, MP 881 da Liberdade Econômica – ou minirreforma Trabalhista – e
revisão das Normas Regulamentadoras (NRs) ligadas à saúde ocupacional.
Previdência – A ideia é continuar pressionando os senadores em seus Estados
contra a reforma, reforçar as mobilizações do "Grito dos Excluídos", no 7 de
Setembro, e preparar forte manifestação nacional em um fim de semana do
mesmo mês.
Nivaldo Santana, secretário de Relações Internacionais da CTB, falou à Agência
Sindical. Segundo ele, "existem pedidos para uma mobilização nacional no fim de
semana porque agrega setores que não estão nas Centrais, mas também têm
motivos pra ocupar as ruas”.
A Agência ouviu também João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da
Força. Segundo Juruna, foram discutidas ações unificadas de luta em defesa dos
trabalhadores. “Temos que concentrar os esforços na reversão da reforma da
Previdência em tramitação no Senado”, aponta o metalúrgico.
Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, destacou: “Temos motivos de sobra pra
uma greve geral, mas não é simples assim. Ainda estamos sofrendo os efeitos da
última greve, dia 14 de junho, como demissões de trabalhadores e multas
milionárias para as entidades. Mas temos que dar respostas ao que está colocado
de ruim para a classe trabalhadora”.
Conjuntura – Patrícia Pelatieri, coordenadora de pesquisas do Dieese, avalia a real
situação do País. “Dados mostram que 3,3 milhões de pessoas procuram trabalho
há mais de dois anos. No mesmo período, 6,2 milhões passaram a viver com
menos de R$ 233,00 por mês. Significa que milhões de pessoas estão abaixo da
linha da pobreza”, afirma a coordenadora.
Os representantes das Centrais concordam com o calendário proposto. Mas vão
consultar as bases. Os dirigentes destacam a importância da união na luta por
direitos e da unidade com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, para as
mobilizações nacionais.
Segunda – Reunião a partir das 10 horas, no Dieese, à rua Aurora, 957, Centro,
SP.
Calendário:
03/09 (Véspera da votação do relatório na CCJ) – Tratativas no Senado com
lideranças partidárias.
07/09 – Ampliar mobilização e participação no Grito dos Excluídos e no Dia
Nacional de Luta da UNE. As Centrais articularão iniciativas a fim de fortalecer a
aliança com o estudantado.
21/09 – Ato “Dia Nacional de Mobilizações e Manifestações em defesa da
Previdência, emprego, educação e liberdades democráticas”.

24/09 (Votação em 1º turno no plenário) – Pressão sindical junto ao Senado.
Mais informações: www.fsindical.org.br e www.cut.org.br

Fonte: Agência Sindical

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