Com alta de 5,22%, inflação da indústria é recorde em fevereiro

Em 12 meses, preços ao produtor acumulam alta de 28,58%, a maior da série histórica segundo o IBGE


Em fevereiro de 2021, os preços da indústria subiram 5,22% frente a janeiro, a maior variação já registrada para o período desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2014. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira (01) o Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação.


O recorde de fevereiro foi o segundo consecutivo depois da revisão do IPP para janeiro, com alta de 3,55% no índice, também a maior para o período. O acumulado no ano até fevereiro atingiu 8,95%, também o maior da série para esse período e superando o maior acumulado anterior (1,83%), de fevereiro de 2014. O acumulado em 12 meses (28,58%) também foi recorde da série. Em fevereiro, 23 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta de preços, assim como em janeiro.


O IPP mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).


Em fevereiro, as maiores variações de preços foram em bens intermediários (7,96%), bens de consumo (1,94%) e bens de capital (0,26%). No caso dos bens de consumo, 1,49% foi a variação observada em bens duráveis e 2,03% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.


Entre as atividades industriais, as quatro maiores variações em fevereiro frente a janeiro ficaram por conta das indústrias extrativas (27,91%), refino de petróleo e produtos de álcool (12,12%), outros produtos químicos (9,69%) e metalurgia (8,35%).


Os preços do setor de alimentos também tiveram uma variação significativa, de 1,22%, embora menos intensa do que em janeiro, quando houve alta de 1,49%.

 

No caso da alta acumulada no ano, de 8,95%, as atividades, as maiores variações aconteceram para as indústrias extrativas (43,3%), refino de petróleo e produtos de álcool (18,04%), outros produtos químicos (15,03%) e metalurgia (14,99%).


No acumulado dos últimos 12 meses, os preços subiram mais para as indústrias extrativas (87,59%), metalurgia (45,9%), outros produtos químicos (40,81%) e madeira (39,74%).

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