Com aumento das denúncias, entidades cobram mais combate ao trabalho escravo

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado em 28 de janeiro, foi
marcado por denúncias de impunidade e aumento do trabalho análogo à
escravidão.
A data, criada em homenagem aos Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de
Almeida Gonçalves, João Batista Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista
Aílton Pereira de Oliveira, assassinados em 2004, durante fiscalização na zona
rural de Unaí (MG), teve eventos com participação de diversas instituições e
entidades ligadas ao tema em todo o País.
Segundo dados do Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) da
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, em 111
dos 267 estabelecimentos fiscalizados no ano passado, houve a caracterização da
existência dessa prática com 1.054 pessoas resgatadas em situações desse tipo.
O levantamento aponta ainda que, em 2019, o número de denúncias aumentou,
totalizando 1.213 em todo o País, enquanto o ano anterior registrou 1.127.
Os dados foram apresentados durante o Encontro Nacional para Erradicação do
Trabalho Escravo: Reforço de Parcerias Contributivas, realizado nesta terça (28)
na Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília.
Somente o Ministério Público do Trabalho (MPT) tem hoje 1,7 mil procedimentos
de investigação dessa prática e de aliciamento e tráfico de trabalhadores em
andamento.
Protesto – Este ano, a Chacina de Unaí, como ficou conhecido o crime que vitimou
os quatro servidores federais, completa 16 anos com os mandantes e
intermediários soltos.
O fato foi lembrado em ato público em frente ao prédio do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região, localizado na Capital Federal, promovido pelo Sindicato
Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait). A Corte julgará os recursos
dos envolvidos que respondem em liberdade.
Mais informações: MPT e Sinait

Fonte: Agência Sindical

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