Conselho Curador do FGTS aprova orçamento de R$ 117,65 bi para 2024

Minha Casa, Minha Vida receberá R$ 95,15 bilhões

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terá R$ 117,65 bilhões para
aplicar em projetos e políticas públicas previstas por lei. O valor consta do
orçamento de 2024 aprovado nesta terça-feira (28) pelo Conselho Curador do
FGTS.
A quantia foi dividida da seguinte forma: R$ 105,65 bilhões para investimentos
em habitação, R$ 6 bilhões para saneamento básico e R$ 6 bilhões para
infraestrutura urbana.
O conselho também aprovou um plano de ações para 2024. Na habitação, está
prevista a construção de 538 mil unidades habitacionais no próximo ano. A maior
parte dos recursos será gasta no programa Minha Casa, Minha Vida, que terá R$
95,15 bilhões à disposição, o equivalente a 90,1% do orçamento para habitação.
Mais R$ 2 bilhões estão destinados à habitação popular em geral.
Dentro do orçamento do Minha Casa, Minha Vida, R$ 9,95 bilhões serão
concedidos como subsídio a fundo perdido (sem recuperação do valor) para
desconto nas prestações por famílias com renda mensal de até R$ 4,4 mil. O
programa pretende conceder o desconto a 339 mil unidades habitacionais no
próximo ano.
A linha Pró-Cotista, que beneficia a compra de imóveis a trabalhadores com conta
no FGTS, terá R$ 8,5 bilhões. Em relação ao saneamento e à infraestrutura
urbana, o orçamento prevê que as obras nas duas áreas beneficiem 14,9 milhões
de pessoas.
Conforme o orçamento aprovado, os investimentos do FGTS não comprometerão
a saúde financeira do fundo. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a
rentabilidade média das aplicações é suficiente para cobrir todos os custos
projetados e formar uma reserva técnica.
Supremo
O orçamento aprovado nesta terça pode mudar se o Supremo Tribunal Federal
(STF) decidir igualar a forma de correção do dinheiro nas contas dos
trabalhadores à da poupança. O julgamento sobre o tema foi interrompido no
início do mês por um pedido de vista do ministro Cristiano Zanin. Quando o
julgamento foi interrompido, havia três votos a favor da mudança.
Atualmente, o FGTS rende 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). A caderneta
rende o equivalente à TR mais 0,5% do mês (6,17% ao ano) quando a Taxa Selic
(juros básicos da economia) estiver acima de 8,5% ao ano.
Pela fórmula atual, a poupança rendia 8,26% ao ano no início de novembro.
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), o FGTS teria de receber aportes
anuais de R$ 8,6 bilhões para arcar com a nova fórmula de correção. Além disso,
o pagamento de valores retroativos custaria R$ 660 bilhões ao Tesouro Nacional.
Fonte: Agência Brasil

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