Dallagnol foge e diz que não vai explicar Vaza Jato à Câmara

O chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, enviou comunicado ao
Senado e à Câmara nesta segunda-feira (8) informando que não vai comparecer
a audiência para falar sobre as mensagens vazadas do seu aplicativo Telegram.
Apesar de usar as redes sociais para expor suas posições políticas em votações do
Congresso Nacional, Dallagnol diz agora que prefere exercer somente a sua
"função técnica" como membro do Ministério Público.
"Esse trabalho técnico consiste em investigar fatos e buscar a aplicação da lei
penal de modo eficiente e justo, de acordo com a Constituição e com as leis,
atividade funcional sujeita à apreciação do Poder Judiciário. Diante disso, muito
embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso
Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para
neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas
manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e
autenticidade não reconhecemos, e que vêm sendo usadas para atacar a
Operação Lava Jato”, escreveu o procurador em mensagem ao Congresso para
justificar a sua ausência.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, e Dallagnol são os principais personagens de
uma série de conversas vazadas em reportagens do The Intercept, que revelaram
um conluiou do ex-juiz e os procuradores para condenar o ex-presidente Lula.
Em meio ao escândalo que cada vez mais demonstra a parcialidade e violação da
lei da Lava Jato em Curitiba, Moro anunciou que irá se afastar do cargo
temporariamente por "motivos pessoais". Há informações de que a Polícia
Federal, comandada por ele, está prestes a efetuar prisões e buscas em represália
ao escândalo da Vaza Jato.

Fonte: Brasil247

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