Defesa de Lula explica por que Moro é suspeito

Em artigo publicado nesta segunda-feira, os advogados Cristiano Zanin Martins e
Valeska Teixeira Martins explicam, de forma didática, por que o ex-ministro
Sergio Moro deve ser considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento que pode ocorrer nesta terça-feira 25. Se o Estado de Direito
prevalecer, Lula deverá ter sua liberdade plena restabelecida nessa data e os
processos devem voltar ao início, presididos por juiz natural, independente e
imparcial, o que nunca foi o caso do atual ministro da Justiça, Sergio Moro, em
relação ao ex-presidente", dizem os advogados. "A Constituição Federal e a
legislação não permitem a condução do processo e sua conclusão por juiz que
tenha —ou aparente ter— interesse no seu desfecho", lembram ainda.
Cristiano e Valeska argumentam que "a mera dúvida sobre a isenção do
magistrado é suficiente para que seja reconhecida sua suspeição". E isso se
tornou evidente após a chamada 'Vaza Jato'.
"Não há qualquer controvérsia quanto ao fato de que, em 2016, Moro autorizou
ilegalmente, por 23 dias, a interceptação do principal ramal do nosso escritório e
monitorou, com procuradores e policiais, as conversas que mantínhamos sobre a
estratégia jurídica de defesa do ex-presidente Lula", lembra ainda os advogados.
"Na cruzada contra Lula, sua defesa foi tratada como mera formalidade; provas
relevantes foram indeferidas e criou-se na opinião pública, por ações do próprio
juiz do caso, uma expectativa de condenação difícil de ser superada mesmo com
as provas de inocência que apresentamos", aponta,.

Fonte: Brasil247

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