Depois de Moro, ministros alertam que Orçamento de 2020 é insuficiente

O próximo ano não deve ser de boas articulações para o governo Jair Bolsonaro e
de investimentos para o País. Ministros reclamam do orçamento para 2020. O
chefe do ministério da Educação, Abraham Weintraub, pede aumento de R$ 9,8
bilhões em verbas previstas para despesas discricionárias (aquelas que não são
obrigatórias, como pagamento de servidores e aposentados), para atingir a soma
de R$ 26 bilhões.
Em carta, o titular da pasta afirma haver risco de "recepção desfavorável na
sociedade em geral e na imprensa" se forem suspensas bolsas de estudo no Brasil
e exterior.
Segundo Weintraub, a peça orçamentária de 2020 "impossibilita a destinação de
menos da metade do orçamento que as universidades e institutos possuem
atualmente". "Com isso, haverá a paralização (sic) de cursos, campi e
possivelmente instituições inteiras", completa. Os relatos foram publicados no
jornal O Estado de S.Paulo.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), pede aumento de despesas
discricionárias "não classificadas como ações e serviços públicos de saúde", de R$
1,2 bilhão para R$ 1,6 bilhão.
Segundo ele, a redução prevista ameaça a "continuidade" do Programa Farmácia
Popular, que entrega medicamentos de graça ou com até 90% de desconto, e de
ações para reestruturação dos Hospitais Universitários Federais.
A pasta de Minas e Energia afirmou que as operações da Eletronuclear devem ser
prejudicadas com o Orçamento desenhado para 2020. “A produção do referido
combustível e sua comercialização para a Eletronuclear gera uma receita anual
superior a R$ 650 milhões, sem a qual sua receita cai para módicos R$ 40
milhões, em outras atividades comerciais e financeiras”, diz o ofício.
O Ministério das Relações Exteriores pediu aumento de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,7
bilhão na previsão de verba discricionária. Para o órgão, os cortes devem levar a
atrasos em pagamentos de contratos firmados em moeda exterior que "podem
ensejar, além dos referidos danos à credibilidade e à imagem do País, ações
judiciais".
O Ministério da Casa Civil disse que "todas as dificuldades em relação às
restrições orçamentárias estão sendo analisadas não apenas pelo Ministério da
Economia, como também pela Junta de Execução Orçamentária (JEO)".

Fonte: Brasil247

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