Dieese defende retomada do investimento para a criação emergencial de empregos

Em vez de discutir "reforma" sindical, centrais querem que o governo priorize a
retomada do crescimento com iniciativas como a retomada de obras paradas
Dirigentes das seis principais centrais sindicais do país se reuniram na última
quinta-feira (17) com o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério
Marinho, que anunciou o início da elaboração de uma nova “reforma” trabalhista
por parte do governo Bolsonaro e também a pretensão de acabar com unicidade
sindical. Em resposta, foi apresentada ao governo a versão atualizada da “agenda
da classe trabalhadora“, documento com 23 itens que propõe políticas para a
retomada do crescimento econômico. Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, há
um “tema central e prioritário a ser discutido hoje no país e esse tema é a
geração de empregos, para o Brasil voltar a crescer”.
O diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, também tratou das
divergências no encontro. “A preocupação central é a geração de empregos e a
retomada do crescimento econômico. Não é prioridade, nesse momento, o
tratamento da reforma trabalhista, mas, sim, o tratamento para a geração de
empregos de qualidade, que não é o que estamos observando na economia
brasileira”, afirmou, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, para o Jornal
Brasil Atual, nesta segunda-feira (21).
Entre os itens da agenda, Clemente destaca ações emergenciais para a retomada
do emprego no “curtíssimo prazo”, como investimento público para a retomada
de mais de 10 mil obras paradas. Seria uma das melhores formas, segundo ele,
para a criação de postos de trabalho na construção civil, setor que, desde 2014,
vem sofrendo com a destruição de milhares de empregos, por conta da
paralisação no setor causada pelas investigações da Operação Lava Jato.
Segundo ele, para além das inúmeras irregularidades cometidas pelos
procuradores de Curitiba, em conluio com o então juiz Sergio Moro, divulgadas na
série de reportagens do The Intercept Brasil, ao criminalizar as empresas em vez
de responsabilizar os seus executivos, a força-tarefa penalizou a sociedade, que
passou a pagar um “preço injusto” pela forma “inadequada” do suposto combate
à corrupção.

Fonte: Rede Brasil Atual

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