Em carta a Lula, economistas pedem revisão das reformas trabalhista e previdenciária e fim de privatizações.

Mais de 1 mil economistas assinam documento “pela democracia e contra a barbárie”, em que listam propostas para rever caos provocado pela “ditadura neofascista que pretende se perpetuar armando as polícias e milícias”


Em carta “pela democracia e contra a barbárie” endereçada a Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), mais de 1 mil economistas declaram apoio à chapa e pedem, entre outros, a revisão das reformas trabalhistas e previdenciárias, da política de paridade de preços da Petrobras e a retomada do controle estatal da Eletrobrás.


“Nós, economistas que subscrevemos este manifesto, entendemos que a superação desse quadro exige uma união em defesa da democracia, dos direitos humanos e da Constituição de 1988. Um pacto em defesa da civilização e contra a barbárie, multipartidário, o mais amplo possível, como expresso na frente partidária que lançou a pré-candidatura Lula/Alckmin”, diz o texto – leia a íntegra abaixo.


Entre os signatários estão nomes como Luiz Gonzaga Belluzzo, Ladislau Dowbor, Márcio Pochmann, Rogério Studart, Paulo Nogueira Batista Júnior e Rosa Freire d’Aguiar.


Segundo os economistas, “o projeto político de Bolsonaro é de implantação de um sistema político autoritário, uma ditadura neofascista que pretende se perpetuar armando as polícias e milícias para concretizar sua aspiração de poder”.


“Defendemos que um novo governo democraticamente eleito tem que se pautar em reformas que ampliem e garantam direitos sociais, ambientais e trabalhistas, que se adequem à era digital e estejam em sintonia com princípios democráticos e com o potencial do novo e real no mundo do trabalho”.


Veja os principais pontos propostos no documento pelos economistas:


– Promover uma Reforma Política baseada nos princípios de fortalecimento dos partidos políticos e aumento da participação popular por meio de plebiscitos, referendos e conselhos setoriais deliberativos.
– Extinguir o teto de gastos e criar uma nova regra fiscal que compatibilize a sustentabilidade de médio e longo-prazo da dívida pública, essencial para administrar a fragilidade financeira do Estado Brasileiro, com o aumento necessário dos gastos com educação, saúde, assistência social, cultura e políticas de apoio a negros, povos tradicionais, mulheres, juventude e LGBTQIA+.
– Fortalecer o BNDES e os bancos públicos como financiadores de projetos para a retomada e modernização tecnológica da indústria, nesse momento muito defasada em nível internacional devido à falta de investimentos.
– Tomar medidas imediatas de combate à fome e à insegurança alimentar e nutricional.
– Revisar as Reformas Trabalhista e Previdenciária com base na negociação entre trabalhadores, empresários e governo.
– Rever a política de paridade de preços internacionais dos combustíveis por intermédio da retomada da produção nacional de derivados de petróleo, fortalecendo a Petrobras como uma empresa de energia indutora do crescimento e desenvolvimento nacional.
– Retomar o controle estatal da Eletrobras e priorizar a expansão de energias renováveis, mantendo o setor público no controle da matriz energética do país.

Fonte: RevistaForum

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