Escândalo Moro-Dallagnol turbina greve geral

Do Brasil de Fato – A maior parte dos trabalhadores do transporte público em São
Paulo decidiu aderir à Greve Geral marcada para 14 de junho, próxima sexta-
feira, contra o projeto de reforma da Previdência do governo Bolsonaro e demais
ataques aos direitos trabalhistas.
Dirigentes das dez centrais sindicais anunciaram, em coletiva de imprensa nesta
segunda-feira (10) no Sindicato dos Motoristas de São Paulo, que diversas
categorias já confirmaram participação na mobilização.
Na capital paulista, motoristas dos ônibus das linhas municipais e intermunicipais
e as linhas 1-Azul, 2-Vermelha e 3-Verde do Metrô de São Paulo vão interromper
suas atividades a partir da 0h de sexta-feira.
Cinco das sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
também param: 8-Diamante, 9-Esmeralda, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade; além
do monotrilho, linha 15-Prata.
Os modais coletivos, juntos, somam 15,3 milhões de deslocamentos por dia na
região metropolitana, segundo a Pesquisa Origem Destino de 2017.
O sindicalista Wagner Fajardo, coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários,
afirma que ainda não há a confirmação de paralisação das linhas 4-Amarela e 5-
Lilás, que são privatizadas. Fajardo lembra que o sindicato ganhou na Justiça o
direito de representar os trabalhadores destas linhas, geridas pela CCR.
"O objetivo aqui é dar publicidade para a população que não vai ter transporte na
sexta-feira. E também é um chamado para a população aderir a greve. Mesmo
setores desorganizados, que não têm sindicatos, nós estamos convocando a
aderir porque essa reforma prejudica a todos", diz o sindicalista.
Segundo os sindicatos, há negociações com os trabalhadores dos aeroportos do
Estado e com os funcionários Porto de Santos, maior ponto de escoamento de
cargas do Brasil e maior complexo portuário da América Latina.
Motoristas de ônibus de Guarulhos e Mogi das Cruzes já confirmaram que vão
paralisar a categoria. Os trabalhadores do setor de transportes da região do ABC
fazem plenária nesta quarta-feira (12).
União
A expectativa é de que a greve de sexta-feira supere a ocorrida em abril de 2017,
contra reforma da Previdência do então governo de Michel Temer (MDB). Na
ocasião, mais de 150 cidades aderiram, com participação com mais de 40 milhões
de pessoas.
Fajardo observa que, desta vez, as centrais sindicais estão mais unidas, e que
mobilizações de estudantes e professores devem dar mais fôlego à convocação.
"Nossa expectativa é que será uma greve muito mais unificada, do ponto de vista
dos trabalhadores, e uma resposta mais contundente e ao governo."
O sindicalista Luiz Gonçalves, presidente estadual da Nova Central Sindical e
dirigente do Sindicato dos Motoristas de São Paulo, saiu de uma campanha
salarial que, segundo ele, já indicava a participação na greve geral.
"Nos parece que dia 14 será um movimento muito forte dos trabalhadores de

transporte, sejam caminhoneiros autônomo, metroviários, ferroviários ou do
transporte sob pneu. Parece que a adesão é muito grande e forte", aposta.
O dirigente pondera que a paralisação é de caráter nacional. Na semana passada,
no dia 5 de junho, representações sindicais do setor estiveram em Brasília na
primeira reunião do Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Trabalhadores em
Transportes e reiteraram participação nos atos contra a reforma da Previdência.
Um levantamento da Fundação Perseu Abramo mostra que 70% dos
caminhoneiros autônomos são favoráveis a uma paralisação, coincidindo com a
posição de parte das lideranças do setor em relação à greve geral.

Fonte: Brasil de Fato

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