Esquerda cresce na Câmara; PL terá a maior bancada

Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, vem na
segunda posição em número de cadeiras, com 80, 12 a mais do que tem

atualmente

Embora o PL de Jair Bolsonaro tenha saído com a maior bancada eleita
para a Câmara dos Deputados no pleito realizado neste domingo (2),
também houve crescimento da esquerda. A correlação de forças na Casa
— analisando sobretudo o centrão e a atual oposição — deve ficar
praticamente inalterada a partir de 2023, em comparação com a
legislatura vigente.
Ao todo, o partido que abriga o atual presidente fez, até agora,  98
deputados, 22 a mais do que tem hoje, figurando como primeira força da
Casa. A Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV,
vem na segunda posição em número de cadeiras, com 80, 12 a mais do
que tem atualmente. Na FE Brasil, o PT, que tem 56, fez 68.  O PCdoB,
que tinha oito, fez seis até o momento e o PV saiu de quatro para seis.
Também no âmbito da esquerda, a federação PSol-Rede elegeu quatro
deputados a mais, chegando a 14: o PSol fez 12, quatro mais do que tem
atualmente, e a Rede mantém dois. Por outro lado, o PSB sai de 23 para
17 e o PDT vai de 19 para 17.

O MDB, por
sua vez, saiu de 37 para 42 e o PSD, que tem 46, ficará com 40. Outro
partido de direita que teve queda foi o Republicanos, que conta com 43 e
passará a ter 39. O PSDB, por sua vez, amargou a maior redução: saiu
de 23 para 13 deputados, pior resultado desde 1998.
Senado
No caso do Senado, partidos que ocupam o espectro mais à direita e ao
centro obtiveram o maior número de cadeiras. Pela ordem dos que mais
registraram crescimento, o PL dobrou, passando de sete para 14
cadeiras na próxima legislatura. União Brasil vem na sequência, saindo
de oito para 11 e o PSD se manteve com 11. Já o MDB saiu de 13 para
dez.
O PT conquistou uma cadeira a mais, saindo de oito para nove. E o
Podemos, que tem oito, passará a ter seis. O PP também perdeu duas
vagas, de oito para seis, assim como o PSDB, que saiu de seis para
quatro. O PDT manteve sua bancada, com três, e o Republicanos
passou de um para três.
O quadro ainda pode mudar no Congresso com a finalização dos dados
e, sobretudo, se for efetivada a fusão entre a União Brasil e PP, aventada
pelas legendas.

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