Flávio Dino: Bolsonaro considera normal o desemprego no país

Ao participar de agenda em Goiânia, nesta quarta-feira (11), o governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) concedeu entrevista para uma rádio local e foi
questionado sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em
2022. Flávio Dino respondeu que depende de uma série de outros fatores e que
não faz parte de uma decisão só dele.
“É uma possibilidade, muitos falam disso, mais do que eu próprio, e eu não posso
adotar aquela atitude de dizer ‘não, isso não existe’. É claro que pode existir,
como não existir. Depende de uma série de outros fatores fora da minha esfera
de decisão. Não é algo que possa ser definido individualmente”, afirmou na
entrevista.
Sobre o governo Bolsonaro, Flávio Dino destacou a importância de uma agenda
de trabalho para o país e levantou a preocupação com a falta de propostas
concretas na gestão federal. “É um governo muito heterogêneo. Nós temos
algumas áreas em que os ministros, dirigentes de órgãos têm se esforçado para
produzir resultados na parte de investimentos, enfim. Há outras áreas que estão
com uma direção totalmente desorientada, perdida, em que não há agenda de
trabalho".
Agenda de trabalho
"O que o Brasil precisa é de uma agenda de trabalho, uma agenda concretização
de políticas públicas efetivamente, não de retórica, de palavras vazias,
fraseologias. Há pessoas que ficam todos os dias criando confusão, crise”, afirma.
Nota 2
Os entrevistadores pediram que Dino desse uma nota ao governo federal e ele
frisou que falta na no governo Bolsonaro a preocupação em diminuir o
desemprego no país. “É um governo que não fala de emprego, aparentemente
acha que o desemprego é normal, quando nós sabemos que destrói famílias.
Então, por conta de desses fatores econômicos, sociais e políticos, acho que 2 é
uma nota justa”, comentou.
Questionando ainda pelos entrevistadores, Flávio Dino reafirmou o motivo por ter
dado uma nota tão baixa. “Eu vou avaliar aquilo que, a meu ver, é predominante,
ou seja, uma tendência a conflitos, belicismo, paralisia administrativa, mas
reconhecendo o esforço de alguns, eu acho que uma nota 2 seria justa”, pontua.
Injustiça
Mais tarde, em um auditório lotado, Flávio Dino participou de noite da abertura do
debate “Lawfare político, instrumento de destruição do inimigo por meio de
processo aparentemente legal” na Associação dos Docentes da Universidade
Federal de Goiás (ADUFG). Sobre o assunto, o governador adiantou na rádio:
“Nós precisamos fortalecer regras, porque nós não podemos ter na sociedade um
vale-tudo. O uso da violência ou da força, porque isso pode conduzir a injustiças,
a atos arbitrários. Minha abordagem parte dessa premissa de que os direitos
constitucionais e garantias de defesa, produção de provas, devem ser fortalecidas
no Brasil em favor de todas as pessoas”, afirma.

Fonte: Portal Vermelho

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