Glenn: temos muito mais Vaza Jato, incluindo o papel de parceria da mídia com Moro e procuradores

O jornalista Glenn Greenwald alertou para novas revelações mais graves do site
Intercept Brasil sobre as irregularidades da Operação Lava Jato.
"Para aqueles que perguntam: sim, exatamente por causa desses abusos, temos
muito mais #VazaJato para relatar, incluindo – mas não apenas – como 2 veículos
da mídia em particular renunciaram seu papel de jornalistas e atuaram como
parceiros de Moro e LJ", escreveu o jornalista Twitter ao destacar a entrevista do
ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes ao programa Roda Viva,
concedida na segunda-feira (7).
"Talvez este seja o ponto mais importante que Gilmar enfatizou: MPF, PF e LJ
estão se afogando em corrupção e crime, especificamente vazamentos ilegais e
seletivas de investigações sigilos para destruir reputações, que nunca são
investigadas. Quem reside acima da lei são eles", disse.
De acordo com o jornalista, a Lava Jato e a Polícia Federal "cometem crimes
sistematicamente com vazamentos criminosos: muitos para a Globo/Jornal
Nacional, que lucram com os frutos dos crimes dessas autoridades". "E esses
vazamentos criminosos – ao contrário dos 'hackers' – *nunca* são investigados",
complementou.
Ao citar a entrevista do ministro, Greenwald reforça que "Gilmar explica o papel
tóxico e destrutivo da grande mídia em se recusar a ser minimamente crítico da
LJ – ao contrário, atuando como parceiro de forma inapropriada e criando 'falsos
heróis', algo que os jornalistas honestos (na Folha e Veja por exemplo) agora
reconhecem".
"Aqui Gilmar explica como a LJ e MPF estavam atacando, de maneira corrupta e
criminal, outras instituições, incluindo o uso de vazamentos criminosos, com a
mídia como parceira, que nunca foram investigadas. Por que não?",
complementou.
O jornalista norte-americano também reproduziu uma declaração de Gilmar. "Não
se combate crime cometendo crime. Se não ouvisse The Intercept, provavelmente
daqui a pouco, nós teriamos pessoas vendendo operações – fazendo coisas que
estão fazendo, como, por exemplo, forçando as pessoas a comprarem palestras.
Isso não é republicano", disse o ministro na entrevista.

Fonte: Brasil247

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