Guedes: reforma tributária causará ‘barulhinho com impostos sobre pagamento’

Ministro defendeu imposto de 0,20% – Quer acabar com diferença de IR
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta 2ª feira (26.ago.2019) que os
impostos sobre pagamentos (a nova CPMF), que compensariam uma desoneração
da folha, terão “1 barulhinho” no Congresso. Guedes declarou ainda que 1 tributo
sobre transações financeiras de 0,20% poderia ajudar na desoneração.
A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o economista, a proposta que o governo enviará ao Congresso
determina que transações feitas em espécie e sem o recolhimento do imposto não
terão validade.
“Você troca 20% de encargo trabalhista por um negocinho que não dá nem 2%. É
10% de 2% [0,20%]. Traficante paga, traficante de droga paga, traficante de
arma paga. Tem um monte de gente, tem coisa que eu não vou falar, que
também paga”, disse durante a premiação Melhores & Maiores, da revista Exame.
O ministro também alegou que “tributar a folha de pagamento das empresas é 1
crime”.
“Com esse imposto vamos ter uma base arrecadatória forte. Mas ele é uma
escolha. O que se prefere: 30 milhões de desempregados ou o ‘imposto
horroroso’? Com a mudança, mais de 10 milhões de empregos podem ser criados.
Todo mundo vai pagar. A base é grande e o imposto é pequeno. Mas quem não
gostar, vota contra e acabou.”
Guedes disse que parte da reforma tributária pode ser aprovada ainda neste ano
e começar a valer em 2020.
O ministro declarou ainda que pretende acabar com a diferença entre o Imposto
de Renda sobre pessoas físicas e jurídicas. “Está cheio de advogado e jornalista
esperto que só recebe na PJ. Enquanto isso, o operário paga. Vamos acabar com
isso.”
“Hoje tem muita dedução. Tira essa papelada toda, coloca alíquota mais baixa e
acabou. Você precisava que a pessoa dedurasse o dentista. Se pagar em espécie
não tem problema, a gente vai dar um jeito de monitorar isso. Não precisamos
mais disso”, afirmou.
Previdência é passado
Guedes disse não ter dúvida de que o Senado aprovará a proposta. O economista
afirma já discutir uma pauta futura com os congressistas.

Fonte: Poder360

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