Maia aguarda governo para que reformas tenham tramitação rápida

“Reformas administrativa e tributária têm a mesma importância”, disse
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta quinta-feira
(30) que aguarda diligências do Poder Executivo Federal para que as reformas
tributária e administrativa tramitem com mais rapidez no Congresso Nacional. Ele
avalia que ambas têm a mesma importância daquela promovida no âmbito da
Previdência, promulgada em novembro.
"Eu não tenho como avançar na reforma administrativa sem que o governo
encaminhe sua proposta. Nós vamos tentar convencer o Supremo [Tribunal
Federal] de que ele deve participar, em conjunto conosco, da reforma
administrativa do sistema público, seja dos três Poderes, mas a gente precisa que
isso fique claro, porque depois alguém pode entrar com uma ação no Supremo,
dizendo que a parte do Judiciário é inconstitucional. Então, por que é que a gente
ainda não conseguiu avançar no administrativo? Porque há essa compreensão, há
um texto do governo a se enviar e a gente está esperando", argumentou, no
evento Agenda econômica e as reformas de 2020, organizado pelo Centro de
Liderança Pública (CLP), em São Paulo.
"A gente precisa compreender de que forma o governo vai organizar a
administração pública da União, para que possa organizar a dos servidores da
Câmara. Nós vamos fazer a nossa em conjunto", emendou Maia, que declarou
que foi reeleito justamente por ter sido visto como um parlamentar capaz de
garantir a aprovação da reforma da Previdência.
Para Maia, os estremecimentos que abalaram a relação com o presidente Jair
Bolsonaro já foram resolvidos. Ele acrescentou, ainda, que as eleições municipais
não deverão atrapalhar os planos do governo. A previsão que apresentou é a de
que uma minoria de deputados federais deve fazer campanha para angariar
votos, de modo que a votação das principais matérias no Congresso Nacional será
minimamente afetada.
Também presente no evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou
definir datas para as votações dos textos no Legislativo.
"O processamento político é do Congresso", disse, classificando o empenho de
Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, como "brilhante".
Segundo Guedes, um dos momentos mais propícios para que a tramitação fosse
finalizada ocorreu no ano passado, em meados de junho. Ele reconheceu que,
muitas vezes, o ritmo depende do sucesso do Executivo em negociar votos com
parlamentares mediante a liberação de emendas.
"Nós vamos encaminhar tudo. Esse é o compromisso", completou o ministro.
Privatização
No evento, o ministro Paulo Guedes também reiterou seu posicionamento quanto
à privatização. "Quando me perguntam, quantas estatais você quer vender?
Todas. Em quanto tempo você chega? Não sei, mas tem que correr nessa
direção", declarou.
A colocação ganha especial força nesta quinta-feira, quando o presidente Jair
Bolsonaro anunciou que o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) passa a
ser de responsabilidade do Ministério da Economia, saindo da Casa Civil.

Fonte: Agência Brasil

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