Mais de 93% da renda dos domicílios mais pobres veio do auxílio emergencial, diz SPE

Segundo a Secretaria de Política Econômica, o benefício foi capaz de melhorar o padrão de vida de mais de 23 milhões de domicílios

O auxílio emergencial de R$ 600 representou mais de 93% da renda dos domicílios mais pobres do país, defende a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia em nota divulgada há pouco. De acordo com o texto, a medida é fortemente concentrada nos 30% mais pobres da população.

O auxílio emergencial “teve um impacto significativo entre os domicílios de baixa renda per capita, onde os efeitos da pandemia da covid-19 foram mais severos”, diz a secretaria, acrescentando que esses domicílios são formados por pessoas que não possuem uma fonte de renda vinda do mercado de trabalho formal ou por pessoas sem qualquer tipo de renda.

O documento diz ainda que o benefício foi capaz de melhorar o padrão de vida de mais de 23 milhões de domicílios. O estudo foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (PNAD-Covid-19), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a secretaria, a focalização do programa só é inferior à do Bolsa Família. A avaliação é de que, na verdade, só o auxílio emergencial e o Bolsa Família têm real foco nas populações mais pobres.

“Programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo, distribuem a maior parte da renda para indivíduos com rendimento acima do valor mediano da distribuição”, diz o texto. O Ministério da Economia tem defendido uma revisão do gasto social, com maior focalização na parcela mais pobre da população.

(Esta reportagem foi publicada originalmente no Valor PRO, serviço de informações e notícias em tempo real do Valor Econômico).

 

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