Moro mentiu sobre sondagem para ser ministro e deve ser convocado pelo Congresso, diz Paulo Pimenta

“Houve uma relação promíscua de Moro com Bolsonaro antes do resultado final

da eleição”, destacou o líder do PT na Câmara

A revelação de Gustavo Bebianno, ex-ministro e coordenador da campanha
eleitoral de Jair Bolsonaro, de que o ex-juiz federal Sérgio Moro se dispôs a ser
ministro antes do fim das eleições pode fazer com que Moro seja convocado para
dar explicações na Câmara dos Deputados. Paulo Pimenta, líder da Bancada do
PT, defendeu nesta segunda-feira (18) a convocação e denunciou que o ex-
magistrado mentiu em audiências no Congresso, ao dizer que só se reuniu com a
equipe do ex-capitão após o fim do processo eleitoral.
“Houve uma relação promíscua de Moro com Bolsonaro antes do resultado final
da eleição”, denunciou Pimenta, em vídeo publicado ao lado de Wadih Damous,
ex-deputado pelo PT e ex-presidente da OAB. O parlamentar defende uma
acareação entre Moro, Bebianno, os ministro Paulo Guedes, da Economia, e Onyx
Lorenzoni, da Casa Civil, além do empresários Paulo Marinho. Segundo ele, todos
sabiam da articulação para o ex-juiz participar do eventual governo Bolsonaro.
O deputado ainda acredita que essa revelação expõe ainda mais a suspeição de
Moro no processo contra o ex-presidente Lula. “Agora ninguém pode questionar a
origem da informação, pois foi o coordenador da campanha quem fez a
denúncia”, disse Pimenta.
Damous acredita que Moro cometeu crime de responsabilidade ao mentir nas
audiências da Câmara e do Senado. “É extremamente grave o fato de ele ter
comparecido ao Congresso Nacional e mentido sobre se teria sido convidado para
o cargo de ministro da Justiça antes de concluída a eleição presidencial. Sendo
verdadeira a declaração de Bebianno, Moro pode ser processado pelo Congresso
Nacional por crime de responsabilidade”, disse.

Fonte: RevistaForum

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