No início de nova reunião do Copom, centrais protestam contra juros e carestia.

No dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia mais uma reunião, representantes de centrais sindicais organizaram protesto diante da sede do BC em São Paulo, na avenida Paulista. A manifestação era contra, além dos juros altos, o aumento da inflação, que prejudica principalmente as famílias de menor poder aquisitivo.


Os integrantes do Copom se reúnem até esta quarta (15) à noite, quando será anunciado o resultado. A taxa básica de juros, a Selic, teve 10 aumentos seguidos. Saiu de 2% para 12,75% ao ano, maior nível desde 2017. A inflação oficial, medida pelo IPCA-IBGE, está acumulada em 11,73%. Durante o ato de hoje na Paulista, sindicalistas distribuíram pipocas, com o mote de que o governo está “pipocando” no combate a problemas como desemprego, fome e inflação.


A alta de preços atinge especialmente itens do dia, atingindo de forma mais intensa a população de baixa renda. Produtos da cesta básica, por exemplo, sobem muito acima da média da inflação. Além disso, parte significativa dos acordos salariais fechados neste ano, até agora, tem reajustes abaixo da variação do INPC (índice usado como referência nas negociações).


“É importante realizarmos atos em todas as regiões, visando alertar a sociedade sobre a perversa situação que o Brasil atravessa, principalmente os menos favorecidos economicamente”, afirma o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. Também participaram do ato integrantes da CTB, CUT, Nova Central e UGT.

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