Ocupação precária faz piorar condições de trabalho no país, aponta Dieese

Índice que mede qualidade do mercado de trabalho caiu no terceiro trimestre,
com aumento do emprego sem carteira e por conta própria, além de queda na

renda

O Índice da Condição de Trabalho (ICT), lançado neste ano pelo Dieese, foi de
0,36 para 0,34 do segundo para o terceiro trimestre, o que aponta piora no
mercado de trabalho. Segundo o instituto, o resultado é consequência,
principalmente, do aumento do emprego precário no país. Quanto mais perto de
zero, pior é o resultado. No início de 2019, o indicador estava em 0,40, sofrendo
duas quedas consecutivas.
“A economia brasileira tem apresentado baixo crescimento (em torno de 1%,
anualizado), abrindo postos de trabalho em ritmo lento e, essencialmente, em
condições mais precárias”, afirma o Dieese. Com isso, acrescenta, o índice
“mantém-se em patamar baixo e sem perspectivas de melhora estrutural, diante
do rebaixamento de direitos e da precarização do trabalho”.
O dado do terceiro trimestre sofreu influência do item Inserção Ocupacional, que
caiu de 0,33 para 0,26, menor taxa da série histórica. O item Rendimento
também recuou, embora de forma menos intensa: de 0,44 para 0,42, com queda
na renda média e crescimento na desigualdade. Já Desocupação teve pequena
melhora, de 0,31 para 0,33.
Em relação à entrada de pessoas no mercado de trabalho, o Dieese chama a
atenção para o crescimento do assalariamento sem carteira e do trabalho por
conta própria. “Além disso, manteve-se a redução do percentual de outros
trabalhadores, que não os estatutários e assalariados com carteira, que
contribuem para a previdência social.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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