Para Rodrigo Maia, agente público que vaza informações sigilosas “comete crime”

Em vídeo divulgado nesta noite, durante ato em apoio a Glenn Greenwald,

presidente da Câmara defende sigilo de fonte

Na noite desta terça-feira (30), um vídeo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente
da Câmara dos Deputados, em apoio ao jornalista Glenn Greenwald, foi divulgado
em ato de solidariedade ao site The Intercept Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). Sem
citar nomes, o parlamentar criticou o “agente público” que permite a divulgação
de informações sigilosas, o comparando a ações ilegais de hackers.
“Um agente público que vaza informações sigilosas que estão sob seu comando
também comete um crime. Todos os dois [hacker e agente público] que passam
informações para a sociedade, para que nós tenhamos mais transparência, como
muitos defenderam nos últimos cinco anos, estão cometendo atos ilícitos”,
afirmou Maia.
O presidente da Câmara saiu em defesa do trabalho dos jornalistas. “Tem uma
questão que é primordial, que é base desse debate, que é o sigilo da fonte. No
Brasil, o sigilo da fonte é um direito constitucional”, afirma o parlamentar. “O
sigilo da fonte é um direito democrático. Não é a favor do Glenn, mas é a favor da
nossa liberdade de expressão”, encerrou.
Após a exibição do vídeo no ato, que foi chamado pela Associação Brasileira de
Imprensa (ABI), Rodrigo Maia foi vaiado pelo público e chamado de “golpista”.
Ainda nesta noite, durante o ato, há a previsão de se divulgar uma carta pedindo
a renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
O documento, que foi assinado por mais de 800 advogados, alega que o ex-juiz
agiu para além dos limites previstos na legislação brasileira. Moro se comporta
“como delegado de polícia, que dirige inquérito policial, inspetor e polícia, que
realiza diretamente os atos da investigação, como Ministério Público, selecionando
o que entende deve ser a prova e, como juiz, deliberando a respeito da destruição
de informações.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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