Para socorrer farra financeira, governo zera verbas de 11 ministérios

Cortes atingem áreas sociais prioritárias.
Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, os dados divulgados nesta
quinta-feira (16) pelo IBGE, indicando que um em cada quatro desempregados
está há dois anos procurando emprego, é um sintoma muito grave de um
mercado de trabalho e de uma dinâmica econômica que estão fracas.
Só entre as pessoas que buscam trabalho no período de um mês a um ano, o
número de desempregados é de 6,1 milhões, enquanto as que buscam há mais
de dois anos chega ainda há 3,3 milhões de pessoas, como revela a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).
“O tempo médio de procura (por emprego) cresce, e esse crescimento do tempo
de procura é sinal de um mercado de trabalho que tem uma dinâmica muito
fraca. Tanto que as pessoas têm uma procura de longa duração e uma dificuldade
estrutural para achar um posto de trabalho”, ressalta Clemente.Segundo o jornal
O Estado de S. Paulo, o governo zerou verba de 140 projetos em 11 ministérios.
Segundo um levantamento do jornal, os bloqueios anunciados pelo governo
federal, que congelou todo o Orçamento previsto neste ano para políticas em
áreas sensíveis, como contenção de cheias e inundações, prevenção de uso de
drogas, assistência à agricultura familiar e revitalização de bacias hidrográficas na
região do São Francisco.
Sem poder cortar as despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias, e
com a "reforma" da Previdência tramitando lentamente, a guilhotina do governo
para fechar a conta de pagamentos da farra financeira — o famigerado "ajuste
fiscal" — teve de avançar sobre diversas políticas públicas. Estudo da Associação
Contas Abertas feito a pedido do Estadão mostra que cerca de 140 ações
orçamentárias em 11 ministérios estão com 100% de seus recursos bloqueados, a
maioria delas na área de infraestrutura.

Fonte: Portal Vermelho

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