Parlamentares questionam prisão de supostos hackers pela PF

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (23) quatro pessoas suspeitas de
envolvimento na invasão de celulares do ministro Sergio Moro (Justiça) e de
procuradores da Operação Lava Jato no interior de São Paulo, nesta terça-feira
(23).
Para parlamentares da oposição, há estranheza nessa operação diante dos fatos
que vieram à tona por conta do vazamento das conversas nada republicanas
entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ),
questionou a operação no seu Twitter.
“Uma dúvida. Alguém sabe me dizer como chama quando para encobrir um crime
que cometi eu tento incriminar quem me denunciou?”, indagou.
A deputada aproveitou para cobrar a mesma celeridade em outros casos: “Quero
ver quando vai ter uma operação para achar o Queiroz, outra para descobrir
quem mandou matar Marielle e mais uma para investigar a máquina de
disseminação de fakenews nas eleições de 2018”, disse Jandira Feghali.
“Estamos num momento da história brasileira em que são precárias as garantias
legais. Momento de tramóias, golpes, conluios realizados com argumentos de
legalidade em processos em que a legalidade tem sido esbofeteada e depois
ignorada”, considerou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).
No mesmo tom, o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) questionou: “Será
que vão encontrar o Queiroz também? Quem sabe ele aparece em Araraquara
(…) Ou procurar os milicianos amigos do chefe não vem ao caso, Sérgio Moro?”
“Ué, gente? Mas as conversas não estavam adulteradas e, mesmo se fossem
verdadeiras, não traziam nada de mais? Por que essa operação?”, ironizou o líder
do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que diz estar “doido pra saber logo a
identidade do hacker que imitou a voz de Dallagnol”.
Da redação com PCdoB na Câmara

Fonte: Portal Vermelho

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