Preços da cesta básica em janeiro aumentam na maioria das capitais, principalmente no Nordeste

Dieese calculou o salário mínimo necessário em R$ 6.641,58, ou 5,10 vezes o

atual piso oficial

No primeiro mês do ano, os preços médios da cesta básica aumentaram em 11
das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As principais altas foram apuradas em
cidades da região Nordeste.
Assim, houve aumentos em Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju
(6,57%) e Natal (6,47%). Já as reduções mais significativas foram na região Sul:
Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e Florianópolis (-1,11%). Em São Paulo,
a variação foi de -0,09%.
Salário mínimo
As cestas mais caras em janeiro foram as de São Paulo (R$ 790,57), Rio de
Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33). No
Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios
foram registrados pelo Dieese em Aracaju (R$ 555,28), Salvador (R$ 594,83) e
João Pessoa (R$ 600,06).
Na comparação janeiro do ano passado, houve altas em todas as cidades. A
variação foi de 7,19% (Vitória) a 16,11% (Belém).
Com isso, com base na cesta mais cara, o Dieese calculou em R$ 6.641,58 o
salário mínimo necessário para as despesas essenciais de uma família com quatro
integrantes. Esse valor corresponde a 5,10 vezes o piso oficial, reajustado para
R$ 1.302. Essa proporção era de 5,48 vezes em dezembro e de 4,95 há um ano.
Jornada e renda
No mês passado, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica foi de
116 horas e 22 minutos. Menos do que em dezembro (122 horas e 32 minutos) e
mais do que em janeiro de 2022 (112 horas e 20 minutos). Quem ganha o
equivalente ao mínimo comprometeu 57,18% da renda líquida para adquirir os
produtos alimentícios, ante 60,22% no mês anterior e 55,20% um ano atrás.
Entre os produtos, o arroz agulhinha subiu em todas as cidades. Em 12 meses, a
alta chega a 30,18% (Vitória). O preço do feijão também aumentou. No
acumulado, atinge 51,95% em Belém e 51,04% em Goiânia.
Batata, tomate e farinha de mandioca foram outros destaques de alta. Já o preço
do leite integral caiu na maioria dos locais, assim como o quilo da carne bovina de
primeira.

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