Preços em alta penalizam os mais pobres

Sexta, 25, o Repórter Sindical repercutiu estudo do Dieese, segundo o qual a cesta básica subiu 14,39% em 12 meses. Porto Alegre tem a mais cara, R$ 636,96.


O valor atual da cesta mostra o quanto é insuficiente o Auxílio Emergencial médio de R$ 250,00, oferecido pelo governo.


Para a pesquisadora do Dieese, Patrícia Lino da Costa, o aumento das exportações ajuda a explicar a alta. “Com o dólar valorizado, os produtores preferem exportar, o que torna o produto interno escasso e caro. Isso penaliza a população pobre”, afirma.


Os produtos da cesta e suas quantidades foram definidos por decreto de 1938, ainda em vigor. Basicamente são carne, leite, feijão, arroz farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café, frutas (banana) açúcar, banha/óleo e manteiga.


Segundo o Dieese, trabalhador remunerado pelo salário mínimo, de R$ 1.100,00, gastou, em maio, na média, 54,84% da renda pra comprar alimentos básicos.


O Auxílio Emergencial de R$ 600,00 reduziu os impactos da miséria. Segundo Patrícia, “o Auxílio de R$ 600,00 foi uma salvação, porque as pessoas supriram suas necessidades básicas”. Porém, alerta, com o valor atual, a pessoa não se mantém.


IPCA – A alta é geral. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 chegou a 0,83% em junho. Em 12 meses, atinge 8,13%, maior acumulado desde outubro de 2016.


Salário – Assalariados também sofrem, mostra o Dieese. Em abril, 60% das negociações coletivas não conseguiram repor a inflação. Esse maio, esse percentual foi para 64%.

Fonte: Agência Sindical

 

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