Representantes do governo divergem sobre geração de empregos com reforma

Ao contrário do que afirmou o secretário especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, na terça-feira (20) em audiência pública
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o secretário de Política
Econômica da pasta, Adolfo Sachsida, estimou, nesta quinta-feira (22), também
na CCJ que a reforma da Previdência vai gerar empregos e fez uma previsão: 8
milhões até 2023.
— A nova Previdência vai gerar muitos empregos justamente porque ela quebra o
ciclo vicioso do endividamento — observou.
A afirmação foi questionada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) ao lembrar que na
terça-feira, Rogério Marinho fez uma análise diferente. O secretário especial de
Previdência e Trabalho do Ministério defendeu a importância da mudança para a
economia brasileira, mas admitiu que “não será a reforma do sistema
previdenciário que vai gerar emprego, renda e oportunidade no Brasil”. Otimista
em relação aos impactos da PEC 6/2019 no mercado de trabalho e geração de
renda, Sachsida reforçou que a proposta está “do lado dos mais pobres”.
— Nós estamos defendendo a situação dos mais pobres. É muito bom estar do
lado dos mais pobres. Oito milhões de novos empregos para a população
brasileira, até 2023 — estimou.
Paulo Paim lembrou que esse era o argumento usado nas discussões da reforma
trabalhista (Lei 13.467, de 2017), mas as expectativas não se confirmaram.
— Isso me choca muito porque eu tenho um trauma com a reforma trabalhista. O
secretário da Previdência disse exatamente o contrário que não ia gerar um
emprego e não haveria distribuição de renda — disse o senador.
(Mais informações: Senado)

Fonte: Agência Brasil

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