Sindicalistas irão a Brasília debater reforma da Previdência no Senado

A partir desta semana o texto da reforma da Previdência começa a ser discutido
na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e o movimento sindical vai
tentar alterar a proposta. A casa divulgou na semana passada o calendário da
tramitação da PEC 6/19. A partir desta terça-feira (20) começam as audiências
públicas e os senadores vão ouvir sindicalistas.
A Agência Sindical conversou com dirigentes pra saber como será a atuação nas
audiências.
CSB – Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros, diz que
é preciso priorizar várias questões. “Os trabalhadores, as Centrais, o Ministério
Público, todos têm que participar nas audiências. Não desistimos de mudar e
melhorar. Na Câmara, a reforma saiu diferente da que entrou”, observa. Alvaro
prossegue: “Temos que atuar nas brechas. Se houvesse uma proposta conjunta,
eu diria que a pensão da viúva teria que mexer. As regras de transição também”.
CTB – Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil, alerta que não há garantias de que o Senado vá mudar. "O resultado na
Câmara foi um rolo compressor. Como vimos, o governo barganhou bilhões de
Reais em verbas”, critica. Segundo o dirigente, existe a preocupação de surgir
uma PEC paralela da capitalização.
FST – Segundo o professor Oswaldo Augusto de Barros, coordenador do Fórum
Sindical dos Trabalhadores, a entidade foi convidada a falar em duas audiências.
Uma sobre Saúde e Segurança no Trabalho e outra relativa à aposentadoria de
mulheres e professores. "O posicionamento do Fórum é retirar as situações mais
penosas. Chamar a atenção do Senado de que é a parte do Parlamento que
retifica ações e tentar amenizar ao máximo as crueldades que foram aprovadas
na Câmara", comenta o professor.
Dieese – Para Clóvis Scherer, economista do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos, "a reforma da Previdência vai concentrar
ainda mais a renda no País, pois atinge a camada mais pobre". Ele lembrar que o
governo nunca apresentou um relatório ou estudo dos impactos sociais da
reforma". As Centrais se reúnem no Dieese, quarta (21). O objetivo é debater
esses aspectos e o trâmite da reforma no Senado.
Tramitação – O texto passará pela Comissão de Constituição e Justiça; depois,
vai a plenário. O governo tem pressa e segundo turno pode ser decidido já no
começo de outubro.
Caso os senadores mudem o texto, os deputados terão de analisá-lo novamente.
Se rejeitarem, a PEC será arquivada.
Mais informações: www.fstsindical.com.br

Fonte: Agência Sindical

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *