Trabalhador poderá usar até 50% do FGTS em privatização da Eletrobras.

Interessados poderão investir a partir de R$ 200, e aplicação será via Fundos Mútuos de Privatização (FMPs), em um formato similar ao da Vale e da Petrobras


As pessoas que tiverem dinheiro no Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) poderão usar até 50% do valor depositado para investir na privatização da Eletrobras, que na quarta-feira (18) recebeu aval do Tribunal de Contas da União (TCU).


O TCU aprovou por 7 votos a favor e 1 contrário a segunda etapa do processo de privatização da estatal, o que abre caminho para a capitalização da gigante do setor elétrico brasileiro. Os interessados poderão investir a partir de R$ 200 do seu FGTS.


O próximo passo para a privatização será o governo protocolar os pedidos de registro de oferta pública de ações (OPA) da Eletrobras na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de ADRs na SEC (a CVM americana). Os ADRs são recibos de ações listadas no exterior e que são negociados nas Bolsas dos Estados Unidos.


O governo pretende concluir a capitalização da estatal até agosto — dois meses antes das eleições.


Fundos Mútuos de Privatização

Mas o trabalhador que participar da operação não vai deter ações da Eletrobras diretamente, pois o investimento será feito via Fundos Mútuos de Privatização (FMPs), em um formato similar ao que foi criado e adotado nos anos 2000 para a Vale (antiga Vale do Rio Doce) e a Petrobras.


As regras para participar da privatização já foram definidas pela Caixa Econômica Federal, e quem aderir vai comprar cotas dos FMPs (e esses fundos investirão em ações da Eletrobras). Especialistas se dividem sobre se vale a pena investir por esse modelo.


Também foi estabelecido um teto de R$ 6 bilhões para o uso do FGTS no processo de desestatização da Eletrobras (se os pedidos de aplicações superarem esse valor, haverá rateio). Além disso, o trabalhador não poderá sacar o dinheiro se pedir o resgate do FMP, pois o salvo voltará para a sua conta do FGTS.

Fonte: InfoMoney

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