Trabalhadores paralisam Argentina com grande greve contra Macri

Manifestantes seguram bandeiras durante paralisação em Buenos Aires
A Argentina ficou paralisada nesta quarta-feira (29) em função de uma greve
geral dos principais sindicatos do país contra as medidas de ajuste econômico do
presidente de centro-direita Mauricio Macri em meio a uma crise que abala suas
aspirações de ser reeleito em outubro.
Sem transporte de passageiros, escolas ou trabalho em repartições públicas e
bancos, muitas ruas de Buenos Aires estavam vazias antes das manifestações,
que serão realizadas por alguns grupos que aderiram à medida de força
convocada pela poderosa central sindical CGT.
Para garantir o sucesso da greve, vários piquetes de organizações sociais e
partidos de esquerda bloqueavam o trânsito de veículos em alguns acessos à
capital argentina.
Controlada pelo peronismo, atualmente na oposição, a CGT demanda que o
governo imponha aumentos salariais que os equiparem à inflação alta – que
chegou a cerca de 50% nos últimos 12 meses – e a redução de alguns impostos
que afetam os trabalhadores.
As tarifas de serviços altas são outro alvo dos protestos, já que as fortes
elevações registradas nos últimos anos, com as quais o governo tentou reduzir
seu déficit, são uma das causas de a pobreza ter atingido 32% da população
neste ano, segundo dados oficiais.
Macri almeja se manter na presidência na eleição de outubro, mas a queda nas
pesquisas provocada pela crise econômica mostra que será difícil. A fórmula
peronista de Alberto Fernández e da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner
lidera na maior parte das sondagens.
Os aeroportos não estavam operando nesta quarta-feira por causa da greve, e
não havia exportação de grãos a partir dos portos da área de Rosario, uma das
regiões agroindustriais mais importantes do mundo.
Os efeitos da paralisação também serão sentidos no esporte: a final da Recopa
Sul-Americana, que deveria ser disputada pelo local River Plate e pelos brasileiros
do Atlético Paranaense, foi adiada para quinta-feira.

Fonte: Agência Brasil

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