Governo tenta manter controle do pacote

Brasília informa: o mercado, sentindo-se fortalecido, sobretudo após as vitórias
eleitorais recentes da direita, quer controlar as duas mãos do Estado – a que
arrecada e a que distribui. Para tanto, o chamado mercado dispõe de um
Congresso Nacional dócil e de persistente lobby na mídia.
“O pacote não deve demorar. Nosso empenho deve ser pra que sua execução não
escape das mãos do Executivo, principalmente do Presidente Lula”, afirma o
consultor político (e ex-diretor do Diap) Antônio Augusto de Queiroz – Toninho.
Enquanto o pacote – pra conter arrecadação e cortar benefícios dos pobres (BCP,
seguro-desemprego etc.) – não vem, o rentismo manipula o dólar, gerando
instabilidade econômica.
CENTRAIS – O sindicalismo sai em defesa do seguro-desemprego e dos
programas sociais. Nota da Força Sindical, dia 30, diz: “Parabenizamos o ministro
do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, por se posicionar em defesa do seguro-
desemprego, abono salarial e da multa de 40% nas demissões”. E segue: “O
presidente Lula precisa agir urgentemente. De preferência chamando as Centrais
pra dialogar, e deixando claro que não mexerá em direitos”.
Em seu site, a CUT cita dados do Caged, segundo os quais “a indústria criou
405.493 postos de trabalho de janeiro a setembro, ou seja, 75,5% em relação ao
mesmo período de 2023”. Só em setembro, os empregos industriais tiveram saldo
de 59.827 vagas – mais 40% em relação a setembro de 2023 e de 16% frente a
agosto. Das vagas abertas no mês, 93% foram na indústria da transformação
(55.860).
Toninho chama atenção para a forma dos cortes propostos pelos neoliberais do
mercado, com respaldo na política e na mídia. “Querem via Emenda
Constitucional. Ocorre que, se for assim, e não por Projeto de Lei, ficará mais
difícil reverter o retrocesso”.
Junta Orçamentária – Lula tem tratado com os ministros da Casa Civil, Fazenda
e Planejamento, buscando definir forma, peso e prazo para o pacote.
Mais – Sites da CUT, Força e Caged

Fonte: Diap

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