PF ouve “Kid preto” envolvido no plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

O militar Rodrigo Bezerra Azevedo foi o único do plano que não está
entre as 37 pessoas indiciadas pelos crimes de abolição violenta do
Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A Polícia Federal (PF) ouve nesta semana o tenente-coronel Rodrigo
Bezerra Azevedo, um dos envolvidos no plano para matar o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckimn e o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O militar foi o único do plano que não está entre as 37 pessoas
indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de
Direito, golpe de Estado e organização criminosa
Bezerra integrava o grupo de elite do Exército “Kids pretos” e, no plano,
era chamado de “Brasil” no grupo Copa do Mundo 2022, criado para
implementar o plano. Como alvo da operação Contragolpe, o militar se
encontra preso no Rio de Janeiro.
De acordo com a PF, o tenente-coronel deixou um grupo de mensagens
criado para organizar e planejar ações golpistas contra o presidente Lula.
A corporação diz que ele teria se sentido frustrado, pois as Forças
Armadas não teriam aderido a uma tentativa de golpe de Estado.
O militar participava do grupo “..Dossssss!!!” no WhatsApp que tinha
como administrador o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens
de Bolsonaro.
No dia 30 de setembro de 2022, mesma data em que Bolsonaro deixou o
Brasil, Rodrigo postou a seguinte mensagem no grupo: “Rapaziada, esse
grupo aqui para mim perdeu a finalidade… deixo aqui um abraço para FE
de verdade, que fizeram o que podiam para honrar o próprio nome e as
Forças Especiais… qualquer coisa, estou no privado!! Força!!”.
O depoimento do militar vai complementar o relatório final das
investigações já enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a PF diz que as provas foram obtidas por meio de diversas
diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base
em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração
premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente
autorizadas pelo poder Judiciário.
A corporação diz ainda que as investigações apontaram que os
investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que
permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência
dos seguintes grupos:
a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de
Estado;
c) Núcleo Jurídico;
d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
e) Núcleo de Inteligência Paralela;
f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas
Fonte: Vermelho

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