Em 2023, 77% dos acordos coletivos tiveram reajustes salariais acima da inflação

Pisos negociados nos acordos coletivos ficam, em média, 25% acima do salário

mínimo

No ano passado, 77% dos acordos coletivos foram fechados com reajustes
salariais acima do INPC, índice do IBGE utilizado como referência nas
negociações. O balanço do Dieese, divulgado nesta quinta-feira (18), leva em
conta um painel com 19.531 acordos. Outros 17,3% tiveram reajustes
equivalentes à inflação, enquanto 5,7% ficaram abaixo do INPC acumulado na
data-base.
O levantamento, parcial, ainda pode ter alterações. De acordo com o instituto, a
variação real média no ano, até agora, corresponde a 1,11% acima do INPC-
IBGE. Pelo último dado, o índice está acumulado em 3,71%.
Entre os setores econômicos, a indústria tem 82,2% de acordos com aumento
real (acima da inflação). Em seguida, o setor de serviços aparece com 79%. Já o
comércio tem ganho real em 56,4% dos casos. Indústria e comércio têm
reajustes abaixo do INPC em aproximadamente 5% dos acordos e os serviços, em
6,7%.
Em relação aos tipos de instrumentos coletivos, aumentos reais continuam mais
frequentes entre os acordos coletivos (78,9%) do que entre as convenções
coletivas (72,7%), embora entre os primeiros também se verifique maior
regularidade de resultados abaixo do INPC do que nas convenções (6% e 5,1%,
respectivamente).
Pisos salariais
Já o valor médio dos pisos salariais foi de R$ 1.651,57 – o Dieese considera
19.551 pisos incluídos em acordos coletivos. Esse valor fica 25% acima do salário
mínimo oficial (R$ 1.320 no ano passado). O maior piso médio é o dos serviços
(R$ 1.689,35) e o menor, do setor rural (R$ 1.564,85).
No recorte geográfico, os maiores pisos salariais médios (soma de todos os
dados, divididos pelo número de amostras consideradas) e medianos (posição
dentro da amostragem) negociados de janeiro a dezembro de 2023 são os da
região Sul (respectivamente, R$ 1.713,27 e R$ 1.657,72). O menor piso salarial
médio foi observado no Norte (R$ 1.512,88); e o menor piso salarial mediano, no
Nordeste (R$ 1.375,00).

Fonte: Rede Brasil Atual

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