Luta contra violência, por igualdade e democracia marcam 8M; veja programação

Em diversas cidades do Brasil, mulheres participarão de manifestações nesta sexta (8) contra a violência de gênero e política e para fazer valer a lei da igualdade salarial.

As brasileiras voltarão a tomar as ruas do país nesta sexta-feira, 8 de
Março, Dia Internacional da Mulher. Uma série de atos e atividades está
sendo preparada por movimentos feministas, sociais e políticos, em ao
menos 33 capitais e grandes cidades, com o intuito de ampliar e
fortalecer a luta das mulheres por seus direitos. Em pauta, a maior
participação feminina na política, a defesa da democracia, o fim de todas
as formas de opressão e violência — incluindo a política e de gênero —,
a igualdade salarial e a paz no mundo.
Em Brasília (DF), o ato acontece na Praça Zumbi dos Palmares, no
Conic, às 16h. Na capital paulista, a concentração será 17h no vão livre
do Masp e no Rio de Janeiro, às 16h na Cinelândia. Já em Salvador
(BA), o ato acontece às 13h, na Praça Campo Grande. Em Porto Alegre
(RS), o 8M será na Esquina Democrática, às 18h, e em Belém (PA), às
8h na Praça da Bandeira. (veja demais capitais e cidades abaixo).

“O 8 de Março é um momento de mobilizar as mulheres e toda a
sociedade na defesa da democracia, e também impulsionar a campanha
pela participação política das mulheres. É nosso compromisso, neste ano
de eleições municipais, enfrentar a sub-representação feminina nos
espaços de poder”, disse Daniela Costa, secretária da Mulher do
PCdoB.
Ela lembrou ainda que apesar de as mulheres serem a maioria do
eleitorado e da população, “são apenas 16% do total de cadeiras nas
câmaras de vereadores, e em quase metade dos 5.568 municípios
brasileiros, ou nenhuma mulher foi eleita ou foi apenas uma.  Desta
maneira reafirmamos, nessas manifestações que ocorrem no mês de
março, que a luta por mais mulheres na política é a luta pelo
fortalecimento da democracia”.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há 651
prefeitas no Brasil, 12,1% do total, contra 4.750 prefeitos, que
correspondem a 87,9%. Além disso, as mulheres são 16,9% (87) dos 513
parlamentares da Câmara e 18% (15) do Senado. E das 27 unidades da
federação, apenas dois estados, Rio Grande do Norte e Pernambuco,
são governados por mulheres.
Contra a violência, por igualdade
O combate à violência que atinge a parcela feminina da população é
outra pauta central do 8 de Março. De acordo com o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no
Brasil no ano passado. Ainda segundo o FBSP, no Anuário 2023, a

violência doméstica cresceu quase 3%, chegando a mais de 245,7 mil
agressões registradas em 2022.

Além disso, 33 % das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais
sofreram violência física e/ou sexual por parte de parceiro íntimo ou ex
ao longo da vida e 29% passaram por algum tipo de violência ou
agressão em 2022, segundo pesquisa do Fórum.
“Precisamos sempre estar pautando a luta contra a violência praticada
contra as mulheres e pela igualdade salarial entre homens e mulheres.
Precisamos superar esses desafios para que sejamos sempre
respeitadas em qualquer situação”, disse Lérida Pavanello, secretária da
Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) do Rio Grande do
Sul, pelas redes sociais.

A busca pela igualdade é bandeira histórica das mulheres na luta contra
o machismo. E neste ano, ganha especial atenção a luta pela igualdade
salarial no mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, as mulheres
recebem salário 22% menor em comparação com os homens — ou seja,
uma trabalhadora brasileira recebe, em média, 78% daquilo que recebe
um trabalhador.
Por isso, os movimentos sindical e feminista estão em luta para fazer
valer, junto às empresas, a Lei 14.611. Sancionada no ano passado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei estabelece a igualdade salarial
entre homens e mulheres que ocupem os mesmos cargos.
“Neste dia, relembramos nossas conquistas ao longo dos anos, mas
também é preciso lutar por mais direitos e igualdade em todos os
aspectos da vida. Temos a lei da igualdade salarial e precisamos garantir
que ela não vire letra morta”, apontou Celina Arêas, secretária da Mulher
Trabalhadora da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil).
Solidariedade internacionalista
Outro ponto importante deste 8 de Março é a solidariedade às mulheres
e ao povo palestino diante dos ataques do governo de Israel. “É
fundamental dar mais visibilidade à luta por mais direitos para todas as
mulheres no mundo, e por isso também deverá ser uma momento de
solidariedade internacional ao povo palestino, de reiterar o nosso apoio

ao presidente Lula ao denunciar que o governo de Israel pratica
genocídio com os palestinos, atingindo mulheres e crianças, maioria das
pessoas que  foram mortas em Gaza”, explicou Dani Costa.
Ela concluiu dizendo que o PCdoB, “em aliança com todas que defendem
a democracia, deverá protagonizar essas manifestações e atividades
políticas na agenda do março por mais mulheres na política, pela defesa
da democracia, pelo fim de todas as violências, incluindo a violência
política de gênero, pela igualdade salarial e paz no mundo”.

Confira abaixo a programação de atos pelo país:

NORDESTE
Aracaju (SE): Praça da Bandeira, 17h
Fortaleza (CE): Praça do Ferreira, das 8h às 17h
Juazeiro do Norte (CE): Praça da Prefeitura, 15h
Maceió (AL): Praça Deodoro, 9h
João Pessoa (PB): Ponto de Cem Réis, 9h
Campina Grande (PB): Praça da Bandeira, 15h
Vitória da Conquista (BA): Praça Barão do Rio Branco, 8h
Porto Seguro (BA): auditório OAB, 9h
Salvador (BA): Praça do Campo Grande, 13h
Natal (RN): Avenida Rio Branco, 510, 14h30
Petrolina (PE): Praça do Bambuzinho, 8h
Recife (PE): Parque 13 de Maio, 15h
São Luís (MA): Praça Deodoro, 15h
Teresina (PI): Praça do Fripisa, 8h

NORTE
Belém (PA): Praça da Bandeira, 8h
Manaus (AM): Praça da Matriz, 15h

Macapá (AP): Casa do Artesão, 16h
Boa Vista (RR): Praça Germano Sampaio, 18h30

SUDESTE
Vitória (ES): Casa do Porto, 8h30
Rio de Janeiro (RJ): Cinelândia, 16h
Petrópolis (RJ): Praça da Inconfidência, 17h
Uberlândia (MG): Praça Ismene Mendes, 15h
Belo Horizonte (MG): Para Raul Soares, 17h
Juiz de Fora (MG): Parque Halfeld, 17h
São Paulo (SP): Masp, 17h
Campinas (SP): Largo do Rosário, 17h

SUL
Curitiba (PR): Praça Santos Andrade, 15h
Florianópolis (SC): Largo da Alfândega, 14h
Porto Alegre (RS): Esquina Democrática, 18h

CENTRO-OESTE
Palmas (TO): Parque dos Povos Indígenas, das 14h às 20h30
Campo Grande (MS): Rua 14 de Julho, esquina com Avenida Afonso
Pena, 8h
Brasília (DF): Praça Zumbi dos Palmares (Conic), 16h
Goiânia (GO): Praça da Catedral, 16h

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8 DE MARÇO ,  DIREITOS DAS MULHERES ,  IGUALDADE DE
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GÊNERO ,  VIOLÊNCIA POLÍTICA

Fonte: Vermelho

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