Governo Lula prevê salário mínimo de R$ 1.631 em 2026, com aumento de 7,44%

“Seguimos firmes no compromisso de recuperar o poder de compra
dos trabalhadores, trabalhadoras, aposentados e pensionistas”, disse

o ministro do Trabalho, Luiz Marinho

por  Iram Alfaia

Publicado 01/09/2025 16:31 | Editado 01/09/2025 17:22

Foto: Agência Brasil
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao
Congresso o projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) para 2026
com um reajuste do salário mínimo acima da inflação.
Conforme o texto, a partir de janeiro o mínimo será de R$ 1.631,
aumento de 7,44%, com ganho real de 2,5%. A diferença é de R$ 113
em relação ao valor atual, de R$ 1.518.
“Seguimos firmes no compromisso de recuperar o poder de compra
dos trabalhadores, trabalhadoras, aposentados e pensionistas”, disse
o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

De acordo com o governo, o aumento real só foi possível graças a
retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo. Por exemplo,
em 2024 o valor era de R$ 1.412. Sem a política de valorização, seria
apenas de R$ 742 (53% menor que o atua).
Leia mais:  Salário mínimo tem maior valorização com Lula e pode
chegar a R$ 1.630 em 2026
São 60 milhões de pessoas beneficiadas, já que o salário mínimo é
referência para aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e
abono-salarial.
O projeto de lei orçamentário prevê ainda a inflação neste ano em
torno de 3,6% e a previsão de crescimento das riquezas do país, ou
seja, o Produto Interno Bruto (PIB) em 2,44%.
O texto estabelece um limite de despesas primárias de R$ 2,428
trilhões; meta de resultado primário em R$ 34,3 bilhões, equivalente a
0,25% do PIB; R$ 245,5 bilhões para a saúde; R$ 133,7 bilhões para a
educação; e R$ 83 bilhões para investimentos (0,6% do PIB estimado
para 2026).
O Orçamento total tem um valor de R$ 6,5 trilhões; mas, neste total,
além das despesas primárias, que são as relativas à manutenção da
máquina pública e investimentos, estão as despesas com a rolagem
da dívida pública.
Calendário
Para garantir que o Orçamento de 2026 seja votado neste ano,
diferentemente do que aconteceu com o Orçamento de 2025
(aprovado somente em abril deste ano), os parlamentares já estão na
fase final de análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para
2026.
O consultor-geral de Orçamento do Senado, Flávio Luz, avalia que o
cenário para o Orçamento do próximo ano é melhor do que o que foi
observado na tramitação no ano passado.
“O projeto de lei orçamentária chega agora, no final de agosto, com a
tramitação da LDO já adiantada. Seria ideal que a LDO já tivesse sido

aprovado na primeira parte da sessão legislativa [no primeiro
semestre], mas agora temos um quadro diferente em relação ao ano
passado, quando houve um atraso muito grande para a aprovação da
LDO”, diz o consultor.
Ações previstas no Orçamento:
 Mais Médicos – R$ 4,7 bilhões;
 Agora tem Especialistas – R$ 3,5 bilhões;
 Farmácia Popular – R$ 6,5 bilhões;
 Pé-de-Meia (permanência no ensino médio): R$ 12 bilhões;
 Bolsa-Família – R$ 158,6 bilhões;
 Auxílio-Gás – R$ 5,1 bilhões;
 Fundo Nacional de Segurança Pública – R$ 2 bilhões;
 Fundo Nacional sobre Mudança do Clima – R$ 479 milhões;
 Novo PAC – R$ 77,6 bilhões;
 Minha Casa, Minha Vida – R$ 5,6 bilhões.

Com agências Câmara e Senado

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