Brasil cria 1,5 milhão de empregos formais e bate recorde em 2025

Com 48,69 milhões de vínculos ativos, o país registra o maior número
da história; serviços e indústria puxam a expansão e jovens lideram

as novas contratações.

por  Barbara Luz

Publicado 29/09/2025 16:26 | Editado 29/09/2025 16:48

Foto: Julia Fernandes/SedeseMG
A criação de mais de 1,5 milhão de empregos formais em 2025
mostra que o mercado de trabalho brasileiro voltou a se expandir de
forma consistente. O dado não é apenas estatístico: significa mais
famílias com renda estável, mais segurança para o consumo e novas
perspectivas para diferentes regiões do país. Ao alcançar 48,69
milhões de vínculos ativos, o Brasil registra o maior número de
trabalhadores com carteira assinada de sua história recente.

Os serviços responderam por 773 mil novos postos nos oito primeiros
meses do ano, sendo o setor mais dinâmico. A indústria gerou 273 mil
vagas, com destaque para a produção de alimentos (51 mil). A
construção civil contribuiu com 194,5 mil empregos, o comércio
adicionou 153,4 mil e a agropecuária, 107,2 mil. Esse desempenho
equilibrado entre diferentes áreas reforça que a geração de
empregos não está concentrada em apenas um setor, mas distribuída
de forma ampla.
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Embora São Paulo lidere em números absolutos, com quase meio
milhão de contratações no ano, estados de menor peso econômico
como Amapá (+6,86%), Mato Grosso (+5,78%) e Piauí (+5,22%) se
destacaram pelo crescimento proporcional, o que indica que a
geração de empregos começa a se espalhar pelo território nacional.
Esse movimento abre espaço para reduzir desigualdades regionais e
estimular o desenvolvimento fora dos grandes centros. Minas Gerais
(152.968) e Paraná (108.778) completaram o ranking dos maiores
geradores.
Agosto em destaque
Somente em agosto, 147.358 novas vagas foram abertas no país,
resultado de 2,23 milhões de admissões contra 2,09 milhões de
desligamentos. Nesse mês, o setor de serviços criou 81 mil postos, o
comércio 32,6 mil, a indústria 19 mil e a construção 17,3 mil. A
agropecuária, por sua vez, foi o único segmento com retração,
registrando saldo negativo de 2,6 mil empregos.
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O perfil das novas contratações mostra avanços relevantes: as
mulheres ocuparam a maior parte das vagas em agosto (77.560), e os
jovens, de 18 a 24 anos foram, os principais beneficiados, com 94.525
contratações, seguidos por adolescentes de até 17 anos (33.710), dos
quais quase 20 mil como aprendizes. Isso revela não apenas maior
dinamismo na inserção dos novos trabalhadores, mas também a

necessidade de manter políticas de formação profissional e de
estímulo ao primeiro emprego.
Próximos passos
O salário médio de admissão em agosto foi de R$ 2.295,01, um
crescimento de 0,56% em relação ao mês anterior. Embora o
aumento seja modesto, ele sinaliza estabilidade e abre caminho para
políticas que possam ampliar o poder de compra e fortalecer o
consumo interno. A continuidade dos investimentos em educação,
inovação e infraestrutura será essencial para que o país não apenas
crie vagas, mas também garanta empregos de qualidade e
sustentáveis.
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Fonte: Vermelho

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