1º ano do governo Lula foi “marco na reconstrução nacional”, diz PCdoB

Partido afirma que “a situação do país começou a mudar para melhor”
em 2023, nos planos econômico, “social, político e cultural”

O PCdoB concluiu nesta quinta-feira (18) o balanço do ano inaugural do
terceiro governo Lula (PT). Em resolução de sua Comissão Política, o
Partido afirma que “a situação do país começou a mudar para melhor”
em 2023, nos planos econômico, “social, político e cultural”.
O documento lembra o legado de destruição deixado por quatro anos da
gestão Jair Bolsonaro (PL), que, de tão devastador, dificultou a execução
do programa de Lula. Foi um período em que o governo de extrema-
direita “promoveu o desmonte nacional, atentou contra a democracia,
alimentou o ódio e a intolerância, destruiu direitos sociais, enfim, um
período de regressão civilizatória”.
Com Lula, porém, “o Brasil voltou, e com ele o caminho soberano da
democracia encontra nova oportunidade”, aponta o PCdoB. “O primeiro
ano do governo do presidente Lula é exitoso, repleto de realizações e
conquistas que resgatam a dignidade de nossa gente, recuperam a
imagem do Brasil no mundo e promovem o reequilíbrio da vida
institucional e democrática do país. O ano foi um marco na reconstrução
nacional.”
Um dos primeiros feitos a gestão foi blindar o Estado Democrático de
Direito, após os ataques golpistas de 8 de Janeiro. De acordo com o
Partido, “o governo recém-empossado demonstrou força e amplitude no
enfrentamento do radicalismo da extrema-direita, os três Poderes agiram
em uníssono, o Comando do Exército foi renovado e se retomou uma
mais justa relação institucional com as Forças Armadas sob comando
civil. A democracia venceu!”. Mas, lembra o PCdoB, “é imperioso levar a
cabo, até as últimas consequências, a apuração dos crimes”, bem como
“condená-los exemplarmente nos termos da Lei”.
A resolução também exalta a retomada de políticas públicas, os avanços
na economia e a nova agenda ambiental. “Iniciou-se a virada!”, resume o
documento. Entre os destaques econômicos, cita o crescimento de 3%
do PIB, a queda nas taxas de desemprego, inflação e juros, o superávit
comercial recorde, a Reforma Tributária e o Novo PAC. Além disso,
bancos públicos como o BNDES e a Petrobras voltaram a ser “alavancas
do desenvolvimento”.
Com o apoio de diversos órgãos, a neoindustrialização “vem ganhando
centralidade”. Na política externa, a mudança de governo favoreceu o
Brasil e o mundo. O País adotou uma “ousada estratégia de reinserção
internacional, ancorada no resgate da imagem do país no mundo, em
prol da paz no mundo e no combate às desigualdades sociais”. Na visão
do PCdoB, “a agenda do clima e meio ambiente, e em particular o

desenvolvimento soberano da Amazônia, ocupa um lugar central nessa
estratégia”.
Ao recordar o contexto “muito complexo” enfrentado pelo governo em
2023, o Partido frisou “óbices, limites e insuficiências”. No mundo, por
exemplo, a guerra na Ucrânia e os conflitos em Gaza intensificam a
“instabilidades na dinâmica global”. Internamente, Lula se viu às voltas
com políticas neoliberais a tragar o Estado, umas derrotadas (como a
política do teto de gastos), outras ainda em curso (como a
“independência” do Banco Central). A composição do Congresso
Nacional, dominada pela direita e pelo Centrão, igualmente força o
governo a negociar os rumos da reconstrução.
Como desafios para 2024, a nota cita o aumento do investimento público
e privado, o do déficit zero e outras metas “irrealizáveis” e a construção
de uma base parlamentar maior. “Isso envolve ampliar as forças
integrantes do governo, como vem ocorrendo, mas segue necessário
unificar mais a sua atuação em torno do governo, elevar a coesão das
bancadas progressistas e elevar a mobilização popular”, afirma o PCdoB.
No rumo de um novo ciclo desenvolvimentista, com “maior patamar de
disputa política e ideológica na sociedade”, o documento conclui: “O mais
fundamental, ao lado de assegurar a essencial missão democrática, é
construir maior apoio social e superar o baixo nível de mobilização
organizada dos setores populares e progressistas, para respaldar e
impulsionar o governo a realizar o Programa de Reconstrução e
Transformação do Brasil”.
Fonte: vermelho

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