Centrais, aposentados e pensionistas entregam reivindicações sobre a Previdência ao ministro Carlos Lupi

Documento da Força Sindical menciona necessidade de criação de força tarefa
para diminuir a fila de 6,5 milhões de tarefas pendentes no INSS. CUT fala em

aliança para recuperar direitos

A Força Sindical e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos
(Sindnapi) entregaram nesta segunda-feira (30) ao ministro da Previdência
Social, Carlos Lupi (PDT), um documento com reivindicações “urgentes”. O texto
é assinado por João Batista Inocentini, presidente do Sindnapi. Entre as
demandas, estão propostas para agilizar a fila de análise e concessões de
benefícios previdenciários.
Outra demanda é a validação do pedido de afastamento médico dado pelo
profissional que acompanha o paciente sem a necessidade de perícia federal.
Esses serviços ficaram muito comprometidos com o governo de Jair Bolsonaro
(PL), com seu desprezo pelas instituições de Estado. Por isso, o documento da
central sindical menciona a necessidade de criação de uma força-tarefa para
diminuir a fila de 6,5 milhões de “tarefas pendentes no INSS”, de acordo com os
dirigentes.
Ainda nesta segunda, Lupi visitou a sede da CUT e se reuniu com o presidente da
central, Sérgio Nobre, que entregou documento que lista 11 pontos para debate
no Fórum Trabalho e Previdência. Lupi disse aos sindicalistas que quer parceria
dos sindicatos para garantir a restauração de direitos. “Depois da luta que
fizemos para eleger um presidente da República democrático, receber o ministro
da Previdência com o compromisso de recuperar direitos é motivo de muita
alegria. O ministro Lupi terá na CUT uma aliada para essa tarefa”, afirmou Nobre.
Mentira eleitoral de Bolsonaro
Ao assumir o Ministério da Previdência Social, Lupi, atual presidente do PDT,
partido pelo qual Ciro Gomes concorreu à Presidência, anunciou que tinha como
uma de suas prioridades um “mutirão” para zerar a fila do INSS herdada do
governo anterior. “Peço a cada governador e a cada prefeito que nos ajude na
parte administrativa. Quero acabar com essa fila em tempo recorde”, disse ele na
solenidade de posse. O desafio também passa pela informatização dos sistemas,
com melhorias na automação, segundo Lupi. Ele afirmou que é preciso valorizar
os trabalhadores do INSS.
Em 28 de outubro, dois dias antes do segundo turno da eleição, o Sindicato dos
Trabalhadores do INSS no Estado de São Paulo (Sinssp) afirmou que Bolsonaro
mentiu dizendo ter investido no INSS. De acordo com a entidade, o então
presidente e candidato à reeleição nunca aplicou recursos públicos em
infraestrutura, em equipamentos e muito menos nos servidores do INSS.
Na sua posse, dia 3, Lupi se comprometeu a provar que o sistema público de
aposentadorias não é deficitário, como alegam os defensores de um enxugamento
do órgão. Para isso, o ministro defendeu que “toda a arrecadação destinada à
Previdência esteja na Previdência”.

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