CUT e demais centrais entregam ao Presidente Lula a pauta da classe trabalhadora

Escrito por: Walber Pinto e Rosely Rocha | Editado por: André

Accarini

RICARDO STUCKERT

A CUT e demais centrais sindicais entregaram, na tarde desta terça-
feira (29), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pauta da classe
trabalhadora, documento que traz, entre outras reivindicações
urgentes quatro que se destacam: a redução da jornada de trabalho
sem redução salarial; o fim da escala 6 x 1; a isenção do imposto
de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-
ricos.
Leia a íntegra da pauta aqui.
Além dos presidentes das centrais sindicais, estiveram presentes o
vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a ministra-chefe da
Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República,
Gleisi Hoffman, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da

República, Marcio Macêdo e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz
Marinho.
A entrega do documento foi parte da agenda de mobilização em
Brasília nesta terça-feira. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras
de todo o país, organizados pela CUT, centrais e entidades filiadas
(confederações, federações e sindicatos) participaram nas primeiras
horas do dia da Plenária da Classe Trabalhadora e, logo após, da
caminhada na Esplanada dos Ministérios.
RICARDO STUCKERT

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Mais cedo, durante a marcha, dirigentes sindicais discursaram ao
público sobre a necessidade de a classe trabalhadora estar sempre
alerta e preparada para enfrentar os constantes ataques da extrema
direita à democracia e, claro, aos direitos sociais e trabalhistas.
O presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, além de defender o teor
da pauta lembrou que os direitos dos trabalhadores passam pelas
próximas eleições e que, por isso, a manifestação de hoje foi decisiva
para enterrar a direita em 2026. “Precisamos reeleger o nosso
presidente Lula, que é o grande pai da classe trabalhadora no Brasil,
aquele que nos ensinou a todos nós o caminho da luta para
chegarmos até aqui”, afirmou Sergio Nobre.
É preciso ressaltar que a direita e a extrema direita foram
responsáveis pela reforma Trabalhista em 2017, que retirou mais de
100 direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo a
pejotização e a terceirização sem fim, e a reforma da Previdência de
2019 que aumentou o tempo de contribuição e diminuiu o valor de
aposentadorias e pensões. Hoje é o movimento sindical que luta para

não somente manter direitos como também para que eles sejam
ampliados.
“A gente sabe que nenhum direito que a classe trabalhadora tem caiu
do céu ou foi benefício dado por alguém, foi com muita mobilização e
com muita luta”, reforçou Sergio Nobre ao incentivar os trabalhadores
a se manterem firmes na luta por seus direitos.
A necessidade do reconhecimento de que o presidente Lula teve e
tem um papel importante na defesa dos trabalhadores também foi
enfatizada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT,
Ariovaldo de Camargo, mas que é preciso que a pauta da classe
trabalhadora seja contemplada pelas decisões governamentais.
“Estamos vivendo um momento de muitas transformações e a Central
Única dos Trabalhadores fazendo chegar ao presidente Lula a voz do
povo, nossa pauta será entendida e, assim o conjunto dos
trabalhadores terá orgulho de ter um operário na Presidência da
República”, disse Camargo.
Para o secretário-Geral da CUT Nacional, Renato Zulato, a marcha
cumpriu o com as expectativas e, que a presença dos trabalhadores e
representantes dos seus sindicatos demonstrou unidade na defesa de
direitos e da democracia.
Nós temos que ficar mobilizados, mas voltem aos seus estados com a
cabeça erguida porque vocês estão aqui na rua, mais uma vez, e
estão na luta pelo nosso direito à democracia que havia sido tirado de
nós no governo do passado”, disse Zulato.
A defesa da pauta dos trabalhadores passa também pelo  plebiscito
popular,  lembrou o secretário de Mobilização e Relação com os
Movimentos Sociais da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho.
O plebiscito levará à população brasileira três importantes temas para
que respondam sim ou não: a redução de jornada de trabalho sem a
redução de salário, o fim da escala 6×1 e a justiça tributária, com a
isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais e
aumento da cobrança para quem ganha acima de 50 mil.
“Há uma identidade política nesse movimento, estamos aqui juntos,
fortes, vamos construir esse processo, a nossa ideia de fazer um
plebiscito nacional onde milhões de pessoas participem, não só os
trabalhadores, não só os sindicalistas, mas o conjunto da cidade e do
campo. A largada é agora, nesse dia 29, nessa marcha que as
centrais e os movimentos sociais estão construindo”, disse Miltinho.
A presença feminina na luta pela redução da jornada sem redução
salarial e o fim da escala 6 X 1 foi elogiada pela secretaria da Mulher
Trabalhadora da CUT Nacional, Amanda Corcino.
“As longas jornadas são cruéis em especial às mulheres
trabalhadoras, porque nós temos uma jornada de trabalho muito
maior, mais exaustiva, nós temos a jornada do trabalho remunerado,
mas também temos a jornada que é das atividades de cuidar, das

atividades domésticas, então para nós mulheres vai ser um ganho
muito grande, que a gente consiga reduzir essa jornada, para que
possamos ter mais tempo para nos dedicar aos nossos cuidados, a
nossa militância e a gente trazer mais mulheres para a política”, disse
Amanda.

Fonte: CUT

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