Produção industrial cresce 0,9% em março, pouco abaixo do esperado

após um dado praticamente estável (0,1%) em fevereiro e uma queda em
janeiro, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta
sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, a produção acumula alta de 1,9% e, em 12 meses, tem variação positiva
de 0,7%.
A alta no mês veio um pouco abaixo da taxa esperada pelo consenso LSEG de
analistas, que previa avanço de 1,0% em março ante fevereiro. A projeção para a
variação anual era de queda de 2,6%.
Segundo o IBGE, a indústria se encontra 0,4% acima do nível pré-pandemia
(fevereiro de 2020) e 16,3% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido
em maio de 2011.
Segundo André Macedo, gerente da PIM, André Macedo, o desempenho positivo
da indústria nos dois últimos meses não elimina a queda observada em janeiro,
mas é uma melhora de comportamento.
“Em março, o crescimento ficou concentrado em poucas atividades, com apenas
cinco delas mostrando expansão. Houve, portanto, uma mudança em relação à
dinâmica vista em janeiro e fevereiro, quando ocorreu predomínio de taxas
positivas entre as atividades pesquisadas”, analisou em nota.
Ele também destacou o ganho de ritmo verificado ao fim do primeiro trimestre de
2024, uma vez que o último trimestre de 2023 registrou crescimento de 1,1%.
De fevereiro para março, duas das quatro grandes categorias econômicas e
somente cinco dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na
produção.
As principais influências positivas vieram de produtos alimentícios (1,0%),
produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%) e
indústrias extrativas (0,2%).
Comparação anual
Frente a março de 2023, a indústria recuou 2,8%, com resultados negativos em
17 dos 25 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de
produtos químicos (-8,1%), máquinas e equipamentos (-12,9%), produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-15,6%), veículos automotores, reboques e
carrocerias (-6,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e
ópticos (-16,1%).
Os setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-11,1%), de
produtos de metal (-5,3%), de metalurgia (-3,2%), de produtos alimentícios (-
1,1%), de produtos diversos (-13,1%), de manutenção, reparação e instalação de
máquinas e equipamentos (-9,1%), de artefatos de couro, artigos para viagem e
calçados (-7,9%) e de móveis (-7,0%) também contribuíram negativamente para
o resultado.

Fonte: InfoMoney

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