Deputados dizem que há clima favorável para aprovar PEC da Transição

Texto deve ser apresentado pelo governo eleito para flexibilizar teto de gastos e

permitir cumprimento de promessas de campanha
Parlamentares que participaram nesta quinta-feira (10) da reunião com o
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para debater o governo de transição
avaliam que há clima favorável para aprovar a chamada “PEC da Transição”.
O texto, que deve ser apresentado na próxima semana, tem como objetivo
permitir que seja aberto um espaço orçamentário para que o novo governo
consiga cumprir as promessas eleitorais por meio da flexibilização das regras do
teto de gastos em programas de transferências de renda.
O líder da Oposição, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), disse que há chances de
a proposta ser aprovada na Câmara. Segundo ele, tanto os parlamentares da
legislatura atual quanto os da próxima demonstram um clima favorável para
aprovar o texto. “É isso que queremos. Um clima distensionado”, afirmou.
Diálogo
Vice-líder da Minoria, o deputado José Guimarães (PT-CE) destacou que o
objetivo é baixar a temperatura e ampliar o diálogo para aprovar a PEC. “O
melhor para o País é buscar um amplo consenso na Câmara Federal”, defendeu.
O deputado Alexandre Frota (Pros-SP) declarou que está disposto a ajudar o novo
governo para aprovar a proposta. De acordo com ele, há uma sensação de
entendimento de que o Brasil progredirá se houver um maior diálogo entre as
instituições.
“Temos uma batalha até o dia 17 de dezembro, que é a PEC. Estou à disposição
para que a coisas deem certo. Ontem, vimos o Lula fazer em um dia o que o
Bolsonaro não fez em quatro anos”, disse o parlamentar.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que o presidente eleito tem
trabalhado para aumentar sua base de sustentação no Congresso. Segundo ela, o
diálogo de Lula com os atuais congressistas ajuda na aprovação da proposta.
“Vamos receber as orientações para que possamos aprovar a questão do salário
mínimo e da transferência de renda. Isso requer um grande diálogo com Câmara
e o Senado para mexer no Orçamento”, declarou Benedita.

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