Fachin nega recurso que pode anular processos da Lava Jato

Relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin votou
contra o recurso que trata da ordem das alegações finais dos réus em um
processo e pode afetar uma das sentenças do ex-presidente Lula. A sessão foi
concluída após o voto de Fachin.

Após o voto que durou três horas e tomou toda a sessão, o julgamento foi
suspenso e a sessão encerrada. Na tarde desta quinta (26), o colegiado retoma a
análise do caso com o voto do ministro Alexandre de Moraes.
O julgamento discute a ordem de apresentação das alegações finais por parte de
corréus colaboradores e não colaboradores em ação penal e tem o poder de
anular sentenças da operação Lava Jato, incluindo a do ex-juiz Sérgio Moro que
mantém preso há mais de um ano o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua explanação, Fachin argumentou que se estaria diante de um debate que
não diz respeito a uma questão entre acusação e defesa, mas entre defesa e
defesa. "Haveria ilegalidade ou abuso de poder ao não se cumprir regra legal
expressa que não existe?", indagou.
"A lei processual diferencia os momentos do MP e da defesa. Não distingue
entretanto o momento de participação entre as defesas em razão de eventual
postura colaborativa por parte de uma das partes. Há regra ao contrário, porque
entende que o corréu não é assistente de acusação", disse.
"A ordem de apresentação de alegações finais por acusação e defesa é para
estabelecer um mínimo de equilíbrio de forças. Paridade de armas. Mas esta
lógica não se transfere mecanicamente à colaboração premiada. Delação deve ser
analisada para ver se é ou não eficiente", concluiu o ministro.

Fonte: Brasil247

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