Arrecadação federal em março passa de R$ 190 bilhões e atinge recorde

Resultado para o mês revela alta real de 7,22%, em comparação com março de 2023; o trimestre, janeiro a março, também marca recorde com arrecadação de R$ 657 bilhões.

O governo bateu dois recordes com a divulgação sobre arrecadação pela
Receita Federal do Brasil (RFB), na terça-feira-feira (23). Um se refere ao
primeiro trimestre e outro ao mês de março.
Com arrecadação federal em R$ 657,77 bilhões no acumulado do
primeiro trimestre (janeiro a março), este foi o melhor resultado para o

período desde 1995. O valor representa um ganho real em comparação
com 2023 (R$ 581,8 bilhões) de 8,36%, em ganho nominal a elevação do
trimestre chega a 13,06%.
O outro recorde de arrecadação se refere ao mês de março, no qual as
receitas de arrecadação chegaram a R$ 190,61 bilhões, descontada a
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
— IPCA. Com isso, a arrecadação teve alta real de 7,22%, em
comparação com março de 2023 (R$ 171,056 bilhões), e de 11,43% em
termos nominais.

De acordo com a Receita Federal, os valores são explicados por quatro
motivos principais: aumento da atividade econômica; retorno do
PIS/Cofins [Programa de Integração Social / Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público] sobre combustíveis; tributação dos
fundos exclusivos; e maior massa salarial dos brasileiros.
“O desempenho da arrecadação está intimamente ligado ao desempenho
da atividade econômica. E todos os indicadores de consumo estão
crescendo em relação a 2023 […] Além disso, a massa salarial está
empurrando para cima a arrecadação da contribuição previdenciária e do
Imposto de Renda na Fonte de Trabalho”, explicou o chefe do Centro de
Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias.
Números em alta
Os números em alta são resultado das políticas adotadas pelo governo
Lula que tem incentivado o crescimento econômico e, como resultado,
ampliado a arrecadação. São recordes seguidos de altas na arrecadação
referente a cada mês. Em  janeiro  e  fevereiro  desse ano os números
também surpreenderam positivamente. Com os resultados, o governo
federal consegue maiores valores para investimentos públicos e para
alcançar a meta de encerrar 2025 com déficit zero.
Sobre o valor arrecadado com fundos exclusivos, estes são listados
como “fatores atípicos” e representaram R$ 3,38 bilhões em março e R$
13,32 bilhões no primeiro trimestre, sendo R$ 11,32 bilhões da tributação
de fundos exclusivos e R$ 4 bilhões de IRPJ/CSLL (Imposto de Renda
da Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) atípicos.
Quanto à Cofins o resultado foi de R$ 31,80 bilhões em março (alta de
20,48% em comparação com o mês de 2023) e de PIS/Pasep R$ 9,12
bilhões (crescimento de 21,18%).

No que tange a receita previdenciária, março somou R$ 53,02 bilhões
(alta de 8,40%) e no trimestre o crescimento foi de R$ 157,93 bilhões
(alta real de 6,92%) – valores em expansão pelo aumento da massa
salarial.
Pelo Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) o trimestre resultou em R$
7,64 bilhões de arrecadação (elevação de 6,11%), enquanto o
IRRF—Rendimentos de Capital somou R$ 10,50 bilhões no mês passado
(alta de 48,87% em comparação com março de 2023).

*Informações Receita Federal

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