Marinho defende mais participação de trabalhadores em lucros de empresas

Luiz Marinho também sustentou que é errado entender a expansão de postos de trabalho como um fator que puxa a inflação para cima.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), afirmou, nesta quarta-feira
(1º) que se deve combater discursos que vendem equívocos sobre a relação entre
a geração de empregos e a alta da inflação.
A declaração foi dada durante o ato que celebrou o Dia do Trabalhador e da
Trabalhadora, realizado na Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona
leste de São Paulo. Este ano, o tema definido pelas centrais sindicais foi “Por um
Brasil mais justo”.
Também integraram a comitiva do presidente Lula o vice-presidente Geraldo
Alckmin e os ministros Anielle Franco, da Igualdade Racial, Cida Gonçalves, das
Mulheres, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Márcio Macêdo, da
Secretaria-Geral da Presidência da República, e André Fufuca, dos Esportes.
Outros ministros que compareceram foram Paulo Pimenta, da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República, e Alexandre Padilha, das
Relações Institucionais.
Marinho sustentou que é errado entender a expansão de postos de trabalho como
um fator que puxa a inflação para cima, como “os chamados especialistas do
mercado, muitas vezes, liderados pelo Banco Central” argumentam. Segundo ele,
o país precisa de mais empregos e mais participação dos trabalhadores nos lucros
das companhias.
“Precisamos combater essa visão enviesada”, declarou. “Hoje é um dia de luta, de
resistência global, em que a classe trabalhadora resiste bravamente aos ataque
ferozes do atraso, do preconceito, do ódio e da raiva. Temos todos os motivos
para lutar, mas hoje, em particular, no Brasil. Como diz o presidente Lula, temos
também motivos para festejar. Quais são as razões das comemorações? Se
olharmos o período recente do Brasil, no qual o governo do golpe [de Michel
Temer] e o governo nefasto [de Jair Bolsonaro] vieram tirar direitos da classe
trabalhadora. É um processo de retirada de direitos e temos obrigação de lutar
com vocês para reconstruir.”
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
Adilson Araújo, ressaltou, em sua fala, a capacidade de Lula quanto a manter
proximidade com a base de articulações políticas do país. Ele salientou que, com
frequência, o que se tem disseminado é o oposto. “Ao contrário, foi o presidente
Lula quem estabeleceu o diálogo com o movimento social”, afirmou.
Lideranças sindicais também tomaram a palavra, ao microfone, ao longo do
evento, para abordar pautas regionais, que dizem respeito à pasta da educação e
a outras áreas impactadas mais fortemente pelo governo de Tarcísio de Freitas,
alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Algumas fizeram menção ao processo de privatização em curso no estado de São
Paulo, que inclui, entre várias medidas, a transferência de empresas como a
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Empresa
Metropolitana de Águas e Energia S.A. (Emae) do setor público para a iniciativa
privada. Os diretores sindicais falaram, ainda, sobre “uma elite atrasada”, que
operaria somente em função do capital, e a permanência de agentes do fascismo
no país.

Como em anos anteriores, o ato contou com uma programação cultural, que
ofereceu atrações do rap e do samba ao público.

Fonte: Agência Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *