Fazenda finaliza proposta para correção da tabela do Imposto de Renda

Projeto sobre renegociação de pequenas dívidas também foi concluído
O Ministério da Fazenda já finalizou a proposta para correção da tabela do
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A nova tabela ampliará a faixa de
isenção, que atualmente está em R$ 1.903,98. A proposta aguarda agora a
decisão final, a ser dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A finalização da proposta foi anunciada nesta segunda-feira (13) pelo ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento durante reunião do Diretório
Nacional do PT, mas nenhum detalhamento sobre valores foi antecipado até o
momento.
De acordo com a assessoria do PT, Haddad falou por 40 minutos sobre políticas
fiscais e monetárias. O ministro informou aos dirigentes partidários que concluiu
também o programa Desenrola, voltado à renegociação de pequenas dívidas.
Tabela do IR
A última atualização da tabela de Imposto de Renda foi feita em 2015. A falta de
atualização tem feito com que cada vez mais brasileiros, em especial os de menor
renda, passem a pagar esse tributo.
Com o valor do salário mínimo em R$ 1.302, pela primeira vez na história do
país, pessoas que ganham 1,5 salário mínimo serão taxadas. O valor atual do
mínimo foi definido na proposta orçamentária do governo anterior.
Durante a campanha eleitoral, Lula chegou a prometer ampliar, ao longo de seu
governo, para R$ 5 mil a faixa de isenção. Durante reunião com centrais sindicais,
em janeiro, Lula reiterou a ideia, enfatizando que, no Brasil, “quem ganha muito
paga pouco”.
“Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O pessoal fala assim ‘se fizer
isenção até R$ 5 mil. são 60% da arrecadação deste país’. Então, vamos mudar a
lógica, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, disse, durante o
encontro, o presidente.
Gastos de campanha
Na abertura da reunião de diretório, a presidente do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PT-PR), antecipou um ponto da fala a que Haddad faria na sequência,
na reunião a portas fechadas com os correligionários, sobre os gastos feitos pelo
governo anterior, visando à reeleição de Jair Bolsonaro.
“O uso da máquina foi algo absurdo. Haddad nos trouxe um cálculo estarrecedor:
foram gastos cerca de R$ 300 bilhões entre isenções fiscais, auxílios, crédito,
emendas parlamentares”, disse Gleisi Hoffmann.

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