Governo espera que qualificação ajude a reduzir desemprego entre jovens

Representantes do governo afirmaram nesta quarta-feira (6) que medidas de
incentivo à qualificação poderão ajudar a combater as altas taxas de desemprego
entre os jovens. O tema foi discutido em audiência pública da Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.
Segundo dados do IBGE, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego
entre os brasileiros de 18 a 24 anos foi de 27,3%. Esse percentual é mais que o
dobro do desemprego verificado entre outras faixas etárias.
Apesar do desemprego, a indústria reclama que não existem profissionais
qualificados em quantidade suficiente. A representante do Ministério da Educação,
Marilza Machado, destacou que uma das metas da pasta é justamente aumentar
o número de jovens na educação profissional e tecnológica para 30%. Hoje, esse
número é de apenas 8%.
Na tentativa de aproximar o jovem de um mercado de trabalho em constante
mudança, foi lançado o Programa Espaço 4.0, que prevê a instalação de
laboratórios para que os jovens possam solucionar problemas de forma criativa.
A secretária nacional da Juventude, Jayana Nicaretta, afirmou que 65% dos
jovens vão trabalhar em empregos que ainda nem existem e, por isso, o
programa está focado em laboratórios onde são tratados problemas que podem
ser resolvidos de diversas formas.
“Um laboratório em que o jovem vai lá para fazer: ele pode colocar em prática as
suas ideias, colocar sua criatividade para funcionar. E vai desde o material mais
bruto – como prego, martelo e tesoura – até uma impressora 3D, onde ele pode
desenvolver protótipo e soluções para as indústrias”, disse a secretária.
Empenho da sociedade
A deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) afirmou que é preciso empenho de toda
a sociedade para resgatar do desemprego quase 4 milhões de jovens.
“A gente percebe que há uma união de forças para fazer com que haja cada vez
mais oportunidades, abertura de espaços e, claro, uma capacitação para esses
jovens. Muitas vezes, as queixas são de que, quando vão procurar o primeiro
emprego, não têm experiência”, disse a deputada.
Uma outra forma de aproximar o jovem do mercado de trabalho são as empresas
juniores. Atualmente, o Brasil é o país com o maior número desse tipo de
empresa. O presidente da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, Renan
Nishimoto, destacou que são 1.100 empresas juniores, mais da metade de todas
as empresas desse tipo no mundo.
A audiência que debateu o desemprego entre os jovens foi solicitada pelos
deputados Lucas Gonzalez (Novo-MG) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Fonte: Agência Câmara

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