Guedes quer tirar exclusividade do FGTS da Caixa e repassá- lo aos bancos privados

"O governo quer aproveitar a MP que libera os saques do FGTS para promover
uma ampla reformulação do Fundo. A principal delas é a quebra do monopólio da
Caixa como operadora do FGTS, permitindo o acesso aos recursos a bancos
privados. Esse dinheiro é usado no financiamento a projetos de infraestrutura,
saneamento e habitação, em geral com taxas abaixo das cobradas no mercado.
Em 2018, a Caixa desembolsou R$ 62,3 bilhões em crédito para esses setores",
informam Geralda Doca e Luciana Casemiro, em reportagem publicada no Globo.
Atualmente, há dois agentes financeiros do FGTS: a Caixa, com 93% da verba, e
o Banco do Brasil, com 7%."O acesso dos bancos privados a esses recursos, se
aprovado, será regulamentado pelo Conselho Curador do FGTS. A partir disso,
eles poderão estabelecer regras e modelos de negócio próprios. Hoje, os bancos
privados financiam imóveis, em sua maioria, com dinheiro da poupança",
apontam ainda as jornalistas.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, admite que decisão pode atingir a
população mais pobre. "Nos dez anos do Minha Casa Minha Vida, a participação
dos bancos privados é quase inexistente. Essas instituições estão presentes
preponderantemente no Sul e no Sudeste, enquanto a Caixa está em 97% dos
municípios brasileiros. Em 711 cidades só existe a Caixa. Isso quer dizer que o
financiamento nas proximidades dos grandes centros até pode ficar mais barato,
mas a 300 quilômetros de Manaus, o crédito vai ficar mais caro", afirma.
Fim da multa de 10%
O projeto do governo também acaba com a multa adicional de 10% paga pelas
empresas nos casos de demissões sem justa causa, para compensar as perdas
causadas pelos planos Verão e Collor. Já a multa de 40% paga pelas companhias
ao trabalhador, nesse tipo de demissão, foi mantida.

Fonte: Brasil247

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